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Bolsas de NY abrem em alta puxadas pela Europa

Por Luciana Antonello Xavier Nova York - Os mercados demonstraram alívio na manhã de hoje, após Portugal ter conseguido passar no teste do leilão de bônus, com a venda de 1,25 bilhão de euros. Com isso, as bolsas europeias avançaram, o que influenciou a abertura dos negócios com ações em Nova York. Às 12h50 (horário […]

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 11h53.

Por Luciana Antonello Xavier

Nova York - Os mercados demonstraram alívio na manhã de hoje, após Portugal ter conseguido passar no teste do leilão de bônus, com a venda de 1,25 bilhão de euros. Com isso, as bolsas europeias avançaram, o que influenciou a abertura dos negócios com ações em Nova York. Às 12h50 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,44%, o Nasdaq avançava 0,23% e o S&P-500 registrava alta de 0,45%.

Um leilão mal sucedido poderia desencadear uma onda de pânico com a crise fiscal na zona do euro, deixando em situação muito mais delicada não só Portugal, mas também outros países. Um socorro a Portugal poderia fazer crescer o temor de que a Espanha seria o próximo país na berlinda. Por enquanto, a ajuda financeira só foi dada à Grécia e à Irlanda, pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Portugal voltou a dizer hoje que não precisará de ajuda, ressaltando o sucesso do leilão. No entanto, o comissário da União Europeia para Relações Econômicas e Monetárias, Olli Rehn, disse que a capacidade de empréstimo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) deveria ser reforçada, em artigo no Financial Times. Segundo The Wall Street Journal, o fundo de 440 bilhões de euros da EFSF é muito pequeno e seria preciso muito mais capital para o caso de uma emergência. A EFSF foi criada em junho de 2010 para ajudar a financiar resgates financeiros de países da zona do euro.

Países de fora da zona do euro estão se mostrando dispostos a ajudar. A China entrou no mercado da dívida europeia e prometeu comprar títulos soberanos da Espanha. O Japão já disse que irá comprar 20% dos bônus que serão oferecidos pela EFSF. A verdade é que todos estão com menos munição para enfrentar uma nova crise e os países que estão bem, como a China, não querem ser puxados para o fundo pelas nações que ainda se debatem para se salvar, como os Piigs (sigla em inglês para Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha).

Nos EUA, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse hoje que o país e a China se complementam e que os dois lados deveriam buscar estreitar seus laços. Ele voltou a defender que a China permita que o yuan se fortaleça e que os produtos dos EUA possam ter mais acesso ao mercado chinês.

No campo corporativo, a seguradora AIG concordou em vender sua unidade em Taiwan, a Nan Shan Life, para o grupo Ruentex, por US$ 2,16 bilhões. Já a fabricante de roupas esportivas Lululemon Athletica divulgou resultados melhores que o esperado no quarto trimestre de 2010.

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