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Bolsas da Europa fecham em forte queda

Nem mesmo uma melhora acima do esperado na confiança das empresas da Alemanha foi suficiente para animar os investidores

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX caiu 1,24%, para 7.692,45 pontos (REUTERS/Ralph Orlowski)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 14h19.

Londres - As bolsas da Europa fecharam em forte queda nesta segunda-feira, 24, pressionadas pelos receios sobre uma crise de liquidez no mercado interbancário da China, além de uma redução nas projeções de crescimento para o país.

Nem mesmo uma melhora acima do esperado na confiança das empresas da Alemanha foi suficiente para animar os investidores. O índice pan-europeu Stoxx perdeu 1,69%, fechando a 275,66 pontos.

As condições do mercado financeiro chinês mudaram drasticamente. Nos últimos dias, com a perspectiva de mudança nos EUA, a oferta de dinheiro diminuiu no interbancário chinês e, por consequência, as operações de crédito entre instituições financeiras ficaram mais caras.

Empréstimos entre bancos chegaram a ser fechados na semana passada com juro de 11%, muito acima da taxa de 3% praticada no mês passado.

A subida do custo do dinheiro acontece porque parte dos recursos que estavam investidos em mercados emergentes - como o Brasil e a China - tem saído em direção aos EUA. Entre investidores chineses, porém, a situação levantou a hipótese de que haveria uma reação do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

Mas nesta segunda-feira aconteceu exatamente o contrário: o BC chinês informou que a liquidez está em um "nível razoável" e ainda apelou aos grandes credores para que ajudem a restaurar a calma no mercado local.

Enquanto isso, o Goldman Sachs reduziu as estimativas para o crescimento econômico da China em 2013 e 2014, diante dos sinais cíclicos fracos e do recente aperto das condições financeiras.


Para este ano, a instituição financeira prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresça 7,4%, em vez de 7,8% como estimado anteriormente. Também houve corte na previsão para 2014, que passou de +8,4% para +7,7%.

Na Europa, o índice Ifo de sentimento das empresas aumentou pelo segundo mês consecutivo, para 105,9 em junho, de 105,7 em maio, ficando bem acima da média de longo prazo de 101 e superando as previsões dos economistas, de uma leitura inalterada.

Já na Itália, o índice de confiança do consumidor subiu para 95,7 em junho, de 86,4 em maio, segundo a agência nacional de estatísticas Istat. Além disso, o superávit da Itália no comércio com países de fora da União Europeia subiu para 3 bilhões de euros em maio, em comparação com o superávit de 341 milhões de euros registrado no mesmo mês do ano passado.

Mesmo assim, o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, perdeu 1,71%, fechando a 3.595,63 pontos. A siderúrgica Vallourec apresentou uma das maiores retrações, com queda de 3,69%.

A varejista Carrefour teve baixa de 3,19%, após fontes afirmarem que a companhia estuda a venda de suas unidades na China e Taiwan. Já a Lafarge foi a única componente do índice a fechar no território positivo, com alta de 1,94%, depois de vender suas operações de gesso nos EUA para o fundo de private equity Lone Star, por US$ 700 milhões.

Em Londres, o índice FTSE teve retração de 1,42%, encerrando a sessão a 6.029,10 pontos. A Vodafone subiu 0,03%, depois de revelar hoje uma oferta de 7,7 bilhões de euros pela alemã Kabel Deutschland.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX caiu 1,24%, para 7.692,45 pontos. Os destaques de queda foram a companhia química Lanxess (-3,78%), a empresa aérea Lufthansa (-3,43%) e a farmacêutica Merck (-2,88%).

Em Milão, o índice FTSE-Mib teve queda de 0,93%, para 15.112,38 pontos. O índice IBEX-35, da Bolsa de Madri, registrou perda de 1,91%, para 7.553,20 pontos. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, caiu 2,95%, para 5.290,84 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Londres - As bolsas da Europa fecharam em forte queda nesta segunda-feira, 24, pressionadas pelos receios sobre uma crise de liquidez no mercado interbancário da China, além de uma redução nas projeções de crescimento para o país.

Nem mesmo uma melhora acima do esperado na confiança das empresas da Alemanha foi suficiente para animar os investidores. O índice pan-europeu Stoxx perdeu 1,69%, fechando a 275,66 pontos.

As condições do mercado financeiro chinês mudaram drasticamente. Nos últimos dias, com a perspectiva de mudança nos EUA, a oferta de dinheiro diminuiu no interbancário chinês e, por consequência, as operações de crédito entre instituições financeiras ficaram mais caras.

Empréstimos entre bancos chegaram a ser fechados na semana passada com juro de 11%, muito acima da taxa de 3% praticada no mês passado.

A subida do custo do dinheiro acontece porque parte dos recursos que estavam investidos em mercados emergentes - como o Brasil e a China - tem saído em direção aos EUA. Entre investidores chineses, porém, a situação levantou a hipótese de que haveria uma reação do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

Mas nesta segunda-feira aconteceu exatamente o contrário: o BC chinês informou que a liquidez está em um "nível razoável" e ainda apelou aos grandes credores para que ajudem a restaurar a calma no mercado local.

Enquanto isso, o Goldman Sachs reduziu as estimativas para o crescimento econômico da China em 2013 e 2014, diante dos sinais cíclicos fracos e do recente aperto das condições financeiras.


Para este ano, a instituição financeira prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresça 7,4%, em vez de 7,8% como estimado anteriormente. Também houve corte na previsão para 2014, que passou de +8,4% para +7,7%.

Na Europa, o índice Ifo de sentimento das empresas aumentou pelo segundo mês consecutivo, para 105,9 em junho, de 105,7 em maio, ficando bem acima da média de longo prazo de 101 e superando as previsões dos economistas, de uma leitura inalterada.

Já na Itália, o índice de confiança do consumidor subiu para 95,7 em junho, de 86,4 em maio, segundo a agência nacional de estatísticas Istat. Além disso, o superávit da Itália no comércio com países de fora da União Europeia subiu para 3 bilhões de euros em maio, em comparação com o superávit de 341 milhões de euros registrado no mesmo mês do ano passado.

Mesmo assim, o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, perdeu 1,71%, fechando a 3.595,63 pontos. A siderúrgica Vallourec apresentou uma das maiores retrações, com queda de 3,69%.

A varejista Carrefour teve baixa de 3,19%, após fontes afirmarem que a companhia estuda a venda de suas unidades na China e Taiwan. Já a Lafarge foi a única componente do índice a fechar no território positivo, com alta de 1,94%, depois de vender suas operações de gesso nos EUA para o fundo de private equity Lone Star, por US$ 700 milhões.

Em Londres, o índice FTSE teve retração de 1,42%, encerrando a sessão a 6.029,10 pontos. A Vodafone subiu 0,03%, depois de revelar hoje uma oferta de 7,7 bilhões de euros pela alemã Kabel Deutschland.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX caiu 1,24%, para 7.692,45 pontos. Os destaques de queda foram a companhia química Lanxess (-3,78%), a empresa aérea Lufthansa (-3,43%) e a farmacêutica Merck (-2,88%).

Em Milão, o índice FTSE-Mib teve queda de 0,93%, para 15.112,38 pontos. O índice IBEX-35, da Bolsa de Madri, registrou perda de 1,91%, para 7.553,20 pontos. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, caiu 2,95%, para 5.290,84 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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