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Bolsas da Europa fecham em direções opostas

À tarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) ajudou a melhorar o sentimento do investidor e parte das bolsas voltaram a operar em terreno positivo

Bolsa alemã DAX: o índice DAX, na Alemanha, teve leve queda de 0,07, aos 9.196,08 pontos. Bons resultados do PMI alemão ajudaram a aparar as perdas da sessão (Hannelore Foerster/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 15h15.

São Paulo - O mercado europeu teve um dia de reação a diferentes fatores econômicos e terminou a sessão em direções opostas. A manhã foi de repercussão da ata do Federal Reserve , o banco central dos EUA, divulgada na tarde de quarta-feira, 20, que sinalizou uma redução da política de estímulos "nos próximos meses".

O documento teve um impacto inicial negativo sobre as ações europeias, assim como a fraqueza dos índices de atividade industrial (PMIs) da zona do euro e também da França.

À tarde, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, ajudou a melhorar o sentimento do investidor e parte das bolsas voltaram a operar em terreno positivo. O índice Europe Stoxx 600 encerrou com alta de 0,2%, aos 322,42 pontos.

Na ata, o Fed disse que pode começar a reduzir sua compra mensal de bônus, dependendo do desempenho econômico dos EUA. A perspectiva de que a reversão da política atual tenha início já em dezembro pesou nas primeiras horas de negócios das bolsas europeias.

Entretanto, em uma segunda avaliação, o documento do Fed foi considerado defasado pelo mercado, que preferiu se concentrar em comentários recentes, a favor da permanência estímulos, do presidente Ben Bernanke e de sua possível sucessora, Janet Yellen.

Na Europa, o PMI composto da França caiu abaixo de 50 na leitura preliminar de novembro, o que indica uma contração. O da zona do euro recuou neste mês a 51,3, o menor nível em três meses, mas continuou indicando expansão. Já o PMI composto da Alemanha foi positivo e avançou para 54,3 em novembro, o melhor patamar em dez meses. Os resultados negativos ajudaram a pressionar parte das bolsas para o terreno negativo durante a manhã.

Em um aspecto positivo, o investidor sentiu mais confiança após um discurso de Mario Draghi, que buscou minimizar as especulações de que o BCE estaria planejando introduzir uma taxa de depósito negativa na zona do euro.

"Deixe-me fazer uma apelo, não tente inferir do que eu digo hoje qualquer coisa sobre a possibilidade de taxas negativas" de depósito, disse Draghi em uma conferência econômica organizada pelo diário alemão Süddeutsche Zeitung, em Berlim.


Logo após a sinalização, as bolsas de Londres, Madri, Milão e Lisboa se fixaram no terreno positivo e permaneceram assim até o fim do pregão.

O índice FTSE terminou o dia estável, aos 6.681,33 pontos. O mercado repercutiu os bons dados que mostram uma recuperação no Reino Unido e um aumento das receitas fiscais em outubro, o que reforçou as finanças do país.

As ações da Johnson Matthey foram os destaques da sessão e subiram 3,8%, após a companhia reportar aumento de 12% no lucro do primeiro semestre. As empresas de mineração foram impactadas pelos dados ruins do PMI na China. Os papeis da BHP Billiton caíram 1,4% e os da Rio Tinto tiveram queda de 1,6%.

Na Espanha, o índice IBEX-35, encerrou com alta de 0,4%, aos 9.599,3 pontos, impulsionado pela venda de 3,5 bilhões de euros em bônus do governo e pela confiança dos investidores na recuperação econômica do país. As empresas de construção civil, como Sacyr e FCC, tiveram um dia positivo e as ações fecharam em alta de 4,3% e 3,3%, respectivamente. A Mediaset foi na contramão e os papéis caíram 2,9%.

A bolsa de Milão registrou o maior ganho do pregão na região, com alta de 0,61%, aos 18.841,85 pontos. O banco Unicredit registrou ganho de 2%, acompanhando os bons resultados de outras instituições financeiras na Europa. O destaque foram as ações da A2A SpA, do setor elétrico, que subiram 2,75%. Em Lisboa, o índice PSI20 fechou o dia com alta de 0,44%, aos 6.322,60 pontos.

No território negativo, o índice CAC 40, em Paris, caiu 0,34%, fechando aos 4.253,90 pontos depois de um PMI abaixo de 50, a 47,8, menor nível dos últimos seis meses. "Embora os índices se mantenham acima dos níveis observados no primeiro semestre, os dados do PMI destacam o risco de uma nova recessão na França ao longo do quarto trimestre", previu Jack Kennedy, economista sênior da Markit.

O índice DAX, na Alemanha, teve leve queda de 0,07, aos 9.196,08 pontos. Os bons resultados do PMI alemão ajudaram a aparar as perdas da sessão. As ações da ThyssenKrupp e da K+S caíram 1,9% e 1,7%, respectivamente. A maior queda do dia foi da Suedzucker, com recuo de 9,2% nas ações. O banco Commerzbank, porém, teve alta de 3,5% nos seus papéis. Com informações da Dow Jones Newswires.

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São Paulo - O mercado europeu teve um dia de reação a diferentes fatores econômicos e terminou a sessão em direções opostas. A manhã foi de repercussão da ata do Federal Reserve , o banco central dos EUA, divulgada na tarde de quarta-feira, 20, que sinalizou uma redução da política de estímulos "nos próximos meses".

O documento teve um impacto inicial negativo sobre as ações europeias, assim como a fraqueza dos índices de atividade industrial (PMIs) da zona do euro e também da França.

À tarde, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, ajudou a melhorar o sentimento do investidor e parte das bolsas voltaram a operar em terreno positivo. O índice Europe Stoxx 600 encerrou com alta de 0,2%, aos 322,42 pontos.

Na ata, o Fed disse que pode começar a reduzir sua compra mensal de bônus, dependendo do desempenho econômico dos EUA. A perspectiva de que a reversão da política atual tenha início já em dezembro pesou nas primeiras horas de negócios das bolsas europeias.

Entretanto, em uma segunda avaliação, o documento do Fed foi considerado defasado pelo mercado, que preferiu se concentrar em comentários recentes, a favor da permanência estímulos, do presidente Ben Bernanke e de sua possível sucessora, Janet Yellen.

Na Europa, o PMI composto da França caiu abaixo de 50 na leitura preliminar de novembro, o que indica uma contração. O da zona do euro recuou neste mês a 51,3, o menor nível em três meses, mas continuou indicando expansão. Já o PMI composto da Alemanha foi positivo e avançou para 54,3 em novembro, o melhor patamar em dez meses. Os resultados negativos ajudaram a pressionar parte das bolsas para o terreno negativo durante a manhã.

Em um aspecto positivo, o investidor sentiu mais confiança após um discurso de Mario Draghi, que buscou minimizar as especulações de que o BCE estaria planejando introduzir uma taxa de depósito negativa na zona do euro.

"Deixe-me fazer uma apelo, não tente inferir do que eu digo hoje qualquer coisa sobre a possibilidade de taxas negativas" de depósito, disse Draghi em uma conferência econômica organizada pelo diário alemão Süddeutsche Zeitung, em Berlim.


Logo após a sinalização, as bolsas de Londres, Madri, Milão e Lisboa se fixaram no terreno positivo e permaneceram assim até o fim do pregão.

O índice FTSE terminou o dia estável, aos 6.681,33 pontos. O mercado repercutiu os bons dados que mostram uma recuperação no Reino Unido e um aumento das receitas fiscais em outubro, o que reforçou as finanças do país.

As ações da Johnson Matthey foram os destaques da sessão e subiram 3,8%, após a companhia reportar aumento de 12% no lucro do primeiro semestre. As empresas de mineração foram impactadas pelos dados ruins do PMI na China. Os papeis da BHP Billiton caíram 1,4% e os da Rio Tinto tiveram queda de 1,6%.

Na Espanha, o índice IBEX-35, encerrou com alta de 0,4%, aos 9.599,3 pontos, impulsionado pela venda de 3,5 bilhões de euros em bônus do governo e pela confiança dos investidores na recuperação econômica do país. As empresas de construção civil, como Sacyr e FCC, tiveram um dia positivo e as ações fecharam em alta de 4,3% e 3,3%, respectivamente. A Mediaset foi na contramão e os papéis caíram 2,9%.

A bolsa de Milão registrou o maior ganho do pregão na região, com alta de 0,61%, aos 18.841,85 pontos. O banco Unicredit registrou ganho de 2%, acompanhando os bons resultados de outras instituições financeiras na Europa. O destaque foram as ações da A2A SpA, do setor elétrico, que subiram 2,75%. Em Lisboa, o índice PSI20 fechou o dia com alta de 0,44%, aos 6.322,60 pontos.

No território negativo, o índice CAC 40, em Paris, caiu 0,34%, fechando aos 4.253,90 pontos depois de um PMI abaixo de 50, a 47,8, menor nível dos últimos seis meses. "Embora os índices se mantenham acima dos níveis observados no primeiro semestre, os dados do PMI destacam o risco de uma nova recessão na França ao longo do quarto trimestre", previu Jack Kennedy, economista sênior da Markit.

O índice DAX, na Alemanha, teve leve queda de 0,07, aos 9.196,08 pontos. Os bons resultados do PMI alemão ajudaram a aparar as perdas da sessão. As ações da ThyssenKrupp e da K+S caíram 1,9% e 1,7%, respectivamente. A maior queda do dia foi da Suedzucker, com recuo de 9,2% nas ações. O banco Commerzbank, porém, teve alta de 3,5% nos seus papéis. Com informações da Dow Jones Newswires.

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