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Bolsas da Ásia sobem com acordo nos EUA, mas China cai

Republicanos e democratas do Congresso dos EUA alcançaram um acordo para evitar o calote nos próximos dias e reabrir o governo


	Bolsa de valores da Coreia do Sul: o índice Kospi avançou 0,3%, para 2.040,61 pontos
 (Choi Jae-gu/Yonhap/Reuters)

Bolsa de valores da Coreia do Sul: o índice Kospi avançou 0,3%, para 2.040,61 pontos (Choi Jae-gu/Yonhap/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 07h21.

Xangai - Os mercados acionários da Ásia fecharam em alta moderada após republicanos e democratas do Congresso dos EUA alcançarem um acordo para evitar o calote nos próximos dias e reabrir o governo, paralisado há 16 dias.

O acordo feito pelos políticos norte-americanos na noite de ontem e assinado pelo presidente Barack Obama durante a madrugada permitiu que o país tome empréstimos até 7 de fevereiro e autoriza o retorno das atividades do governo federal até 15 de janeiro.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,4% e subiu para 5.283,10 pontos, aproximando-se da pontuação máxima de cinco anos. As ações dos quatro maiores bancos do país fecharam em alta de 0,7% a 1,2%, enquanto as de empresas de recursos naturais, incluindo Woodside, Rio Tinto e Fortescue, caíram de 0,6% a 3,0%.

O índice Kospi, na Coreia do Sul, avançou 0,3%, para 2.040,61 pontos, o PSEi, das Filipinas, subiu 1,2%, para 6.560,88 pontos, e o Taiwan Weighted registrou alta de 0,5% e alcançou os 8.374,68 pontos.

"Se nós não tivemos uma grande venda de ações antes, não deveríamos esperar um grande rali depois [da resolução do impasse político]", disse o estrategista sênior de moedas da Westpac Institutional, Sean Callow. O vice-presidente assistente da Mega Securities, Alex Huang, lembrou que o acordo já era amplamente esperado.


O diretor da consultoria de investimentos Kim Eng, Edward Fung, alertou que os investidores não devem ficar "eufóricos" com o acordo norte-americano. "Estou no mesmo lado daqueles que acreditam que o chamado 'novo acordo' é apenas uma solução temporária. O problema central permanece sem solução", disse. Já o membro da unidade de asset-management da Resona Bank, Takashi Hiratsuka, disse que alguns estavam considerando um potencial risco de calote e que essa preocupação agora foi removida.

Na China, os investidores adotaram a cautela diante de uma série de dados macroeconômicos que serão divulgados esta noite. O índice Xangai Composto recuou 0,2%, aos 2.188,54 pontos, o Shenzhen Composto encerrou o dia na estabilidade, aos 1.066,53 pontos, e o Hang Seng, de Hong Kong, marcou baixa de 0,6%, aos 23.094,88 pontos.

À noite será publicado o Produto Interno Bruto (PIB) da China do terceiro trimestre, assim como números sobre produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos.

No cenário corporativo, os ganhos nas ações das mineradoras de carvão foram compensados pelas perdas de empresas de grande peso no índice, como as construtoras. Os papéis da China Merchants Property Development caíram 1,8% e os da Gemdale recuaram 0.9%, enquanto os da Yanzhou Coal subiram 4.6% e os da China Shenhua Energy avançaram 1.7%.

"O acordo nos EUA melhora a confiança apenas no curto prazo, e eu não vejo isso afetando os fundamentos do mercado chinês, que indicam uma mudança estrutural em curso que pode resultar em um menor crescimento no quarto trimestre", disse Zhang Lei, analista da Minsheng Securities. Fonte: Dow Jones Newswires.

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