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Bolsas asiáticas fecham em alta com mudanças no Fed

As ações foram impulsionadas pela notícia de que Obama anunciará Janet Yellen como presidente do BC norte-americano


	Bolsa de Sydney: na bolsa australiana, o índice S&P/ASX 200 interrompeu uma sequência de três pregões em queda e avançou 0,1%
 (Ian Waldie/Bloomberg)

Bolsa de Sydney: na bolsa australiana, o índice S&P/ASX 200 interrompeu uma sequência de três pregões em queda e avançou 0,1% (Ian Waldie/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 13h17.

Tóquio - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta pelo segundo dia consecutivo, impulsionadas pela notícia de que o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciará nesta tarde a nomeação da vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, como sucessora de Ben Bernanke na presidência do BC norte-americano.

A informação, dada por um funcionário da Casa Branca, animou os investidores porque sugere que o Fed não fará uma mudança dramática em suas políticas de estímulos. Recentemente, os mercados asiáticos estiveram sob pressão diante dos temores de que a autoridade monetária dos EUA reduziria a injeção de dinheiro na economia.

No entanto, o estrategista de moedas do Barclays, Nick Verdi, lembrou que a reação à provável nomeação de Yellen foi muito menor do que quando Lawrence Summers, que deveria reduzir os estímulos a uma velocidade mais rápida, retirou seu nome da lista de possíveis sucessores de Bernanke.

Até a notícia ser publicada pelo Wall Street Journal, os mercados asiáticos estavam majoritariamente em queda, seguindo as perdas de Nova York.

Ontem, Obama não deu sinais de progresso nas negociações entre democratas e republicanos para interromper a paralisação do governo e elevar o teto da dívida, e disse que um calote poderia elevar permanentemente os custos de financiamento do país. Com declarações fortes, o presidente norte-americano disse que um calote seria um "caos econômico".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também pesou sobre os mercados, depois de cortar a projeção de crescimento global para 2,9%. O cenário mais fraco em mercados emergentes, como China e Índia, foi um dos principais motivos para a revisão do FMI.


Na China, os principais índices acionários mostraram comportamentos opostos. Enquanto o Xangai Composto ganhou 0,6%, para 2.211,77 pontos, e o índice Shenzhen Composto subiu 0,9%, para 1.084,88 pontos, o Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, recuou 0,6%, atingindo os 23.033,97 pontos. Apesar de fechar em queda, as perdas de Hong Kong foram limitadas depois da notícia sobre a nomeação de Yellen ao Fed.

O estrategista de mercado da Shenyin Wanguo Securities, Gerry Alfonso Perez, lembrou que os mercados de Xangai também estão sendo sustentados pelas notícias de zonas de livre comércio, incluindo a esperança de que Tianjin também criará sua própria zona.

Na bolsa australiana, o índice S&P/ASX 200 interrompeu uma sequência de três pregões em queda e avançou 0,1%, para 5.153,00 pontos. Durante o início das negociações, o índice atingiu a menor pontuação em cinco semanas.

"Enquanto a nomeação de Janet Yellen já estava em grande parte precificada pelo mercado, ela com certeza momentaneamente tira a atenção dos investidores da paralisação do governo dos EUA", disse o estrategista da IG Market, Stan Shamu. No entanto, ele ressaltou que "sempre há o risco" de que poderá haver uma aceleração na realização de lucros, devido ao prolongado impasse político norte-americano.

A nomeação de Yellen também apoiou os ganhos do índice Taiwan Weighted, em alta de 0,4%, aos 8.344,73 pontos, enquanto a Bolsa da Coreia do Sul não abriu para negociações por conta de um feriado nacional.

O índice PSEi, das Filipinas, recuou 1,2%, para 6.377,75 pontos. O pregão em Manila mostrou um volume acima do normal, influenciado por uma grande venda de ações da JG Summit em sua subsidiária Universal Robina. Fonte: Dow Jones Newswires.

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