Por Hélio Barboza e Ricardo Criez

Tóquio - As bolsas da Ásia apresentaram resultados mistos nesta sexta-feira. Notícias vindas da China preocuparam investidores da região. Os setores financeiro e imobiliário foram afetados.

A Bolsa de Hong Kong fechou em queda, revertendo os ganhos da sessão da manhã, após as declarações do presidente da China, Hu Jintao, aumentarem as preocupações sobre novas medidas de aperto monetário. O índice Hang Seng caiu 128,26 pontos, ou 0,6%, e terminou aos 23.320,52 pontos - na semana, entretanto, o índice teve ganhos de 1,9%.

Já a Bolsa de Xangai, na China, fechou estável. A realização de lucros nas mineradoras de ouro e carvão ofuscou os ganhos no setor imobiliário, estimulado pelas fortes vendas da líder de mercado China Vanke. O índice Xangai Composto caiu apenas 0,04% e encerrou aos 2.842,43 pontos - na semana, o índice acumulou baixa de 1%. Já o índice Shenzhen Composto perdeu 0,6% e terminou aos 1.302,26 pontos.

O yuan teve ligeira baixa ante o dólar, revertendo os ganhos da manhã, por causa da demanda de dólar por parte de clientes de bancos na parte da tarde. O anúncio do Partido Comunista chinês de que a política monetária será modificada de "moderadamente frouxa" para "prudente" no próximo ano teve pequeno efeito nas negociações de câmbio estrangeiras porque era amplamente esperada e também pela ausência de clareza sobre quais medidas serão adotadas. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,6633 yuans, de 6,6613 yuans do fechamento de quinta-feira. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,6605 yuans, de 6,6691 yuans ontem.

A Bolsa de Taipé, em Taiwan, voltou a atingir a maior pontuação em 30 meses, alavancada pelos ganhos em peso pesados de tecnologia. O índice Taiwan Weighted subiu 0,5% e encerrou aos 8.624,01 pontos.

Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em alta pelo quarto dia seguido, impulsionada principalmente pelas ações da Samsung Electronics, que divulgou boas perspectivas e uma reestruturação administrativa. Os ganhos foram limitados, porém, pela queda dos papéis das empresas afiliadas ao Hyundai Group, em meio às preocupações quanto à capacidade de o conglomerado financiar a compra do controle da Hyundai Engineering & Construction. O índice Kospi subiu 0,4% e fechou aos 1.957,25 pontos.

Na Austrália, a cautela com os dados do nível de emprego nos EUA limitou a alta do índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney a 0,4%, fechando aos 4.694,2 pontos.

O índice PSE da Bolsa de Manila, nas Filipinas, teve alta de 0,7% e fechou aos 4.176,48 pontos.

A Bolsa de Cingapura fechou em baixa, uma vez que os investidores realizaram lucros de recentes retomada do apetite do risco antes da divulgação de dados do emprego dos EUA de novembro. O índice Straits Times cedeu 0,8% e fechou aos 3.172,44 pontos.

O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,1% e fechou aos 3.696,26 pontos, com compras por fundos estrangeiros em ações selecionadas de bancos e com as blue chips da mineração mantendo o índice no terreno positivo.

O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, subiu 0,2% e fechou aos 1.034,06 pontos, com ações de energia e bancos liderando as movimentações; o retorno dos estrangeiros como compradores líquidos, revertendo as vendas do último mês, também impulsionou o sentimento.

O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,1% e fechou aos 1.500,98 pontos, abaixo, porém, da máxima intraday, uma vez que os investidores realizaram lucros. As informações são da Dow Jones