Bolsa fecha em alta com sessão de muitos balanços; Magazine Luiza sobe 10%
Ibovespa avançou 0,98% a 97.885,60 pontos; rede varejista teve forte alta após resultados do último trimestre
Reuters
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 18h09.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 18h38.
O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, marcada por uma bateria de resultados corporativos, com Magazine Luiza disparando mais de 10 por cento após números fortes no quarto trimestre, enquanto Hypera foi destaque negativo com analistas desapontados com o balanço.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,98% a 97.885,60 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 13,99 bilhões de reais.
No exterior, Wall Street fechou com os principais índices acionários no azul, tendo no radar as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Investidores seguem monitorando o andamento da proposta de reforma da Previdência encaminhada nesta semana ao Congresso Nacional, com ajustes de expectativas para a tramitação, de eventuais mudanças ou desidratação do texto.
"A batalha agora é acertar a articulação política do Executivo, de modo a evitar que a proposta seja excessivamente desfigurada", afirmou a equipe da Brasil Plural a clientes.
Para Marcelo Mesquita, sócio na Leblon Equities, a bolsa tem um pano de fundo estruturalmente positivo, com o governo brasileiro na direção de reformas necessárias, de política fiscal responsável e venda de ativos para reduzir a dívida pública e juros por consequência.
"O mercado aguarda agora a execução deste projeto, seja no Executivo, no Legislativo e até no Judiciário. Na medida em que as coisas forem sendo de fato implementadas, teremos a bolsa reagindo continuadamente, pois o custo de capital no país estará se reduzindo e os negócios valendo mais", afirmou.
Destaques
- MAGAZINE LUIZA disparou 10,4 por cento, após a rede varejista reportar alta de 14,5 por cento do lucro no quarto trimestre, apoiada no crescimento forte das vendas e na diluição de despesas operacionais. Analistas do Credit Suisse consideraram o resultado excepcional.
- CSN saltou 7,55 por cento, ainda embalada por perspectivas positivas, após resultado trimestral considerado forte e sinalizações otimistas da companhia sobre preços e redução de endividamento em 2019. No setor, USIMINAS PNA ganhou 4,4 por cento e GERDAU PN encerrou com elevação de 0,5 por cento.
- NATURA avançou 5,93 por cento após o balanço do quarto trimestre, com lucro líquido subindo 48,7 por cento frente ao mesmo período de 2017, enquanto a receita líquida cresceu 16,1 por cento. Analistas do BTG Pactual consideraram o resultado uma surpresa positiva.
- B3 teve alta de 2,6 por cento, após balanço e mudança na estimativa de distribuição aos acionistas da faixa de 70 a 80 por cento para a de 120 a 150 por cento do lucro. Para analistas da Brasil Plural, foi um trimestre forte, mas talvez a grande surpresa tenha sido a intenção de aumentar a remuneração a acionistas.
- HYPERA caiu 3,88 por cento, entre as maiores quedas, após lucro líquido das operações continuadas de 310 milhões de reais nos últimos quatro meses de 2018, queda anual de 32,9 por cento, enquanto a receita líquida recuou 6,5 por cento. Analistas do Itaú BBA destacaram sinais preocupantes para as perspectivas de vendas da empresa.
- CVC recuou 1,76 por cento, após a empresa reportar lucro líquido ajustado de 98,5 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 14,1 por cento ante mesmo período de 2017. As despesas operacionais recorrentes subiram 15,7 por cento, considerando dados pro forma.
- VALE fechou com acréscimo de 3,55 por cento, conforme o papel segue volátil após a tragédia em Brumadinho.
- PETROBRAS PN cedeu 0,99 por cento, conforme o petróleo perdeu fôlego no exterior. PETROBRAS ON perdeu recuou 0,57 por cento.
- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,1 por cento, enquanto BRADESCO PN caiu 0,82 por cento.