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Remy Sharp
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Restam incertezas sobre o que será da economia da Argentina durante o governo Javier Milei, que saiu vitorioso das eleições presidenciais deste fim de semana. Entre investidores, ao menos, a esperança é de dias melhores. Essas doses de otimismo se mostram presentes nas primeiras reações ao resultado.

O ETF ARGT, que representa as ações de empresas listadas em Buenos Aires, chega a saltar mais de 13% no pré-mercado dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20. As reações no principal índice de ações da Argentina, Merval, ficarão para terça-feira, 21, quando o mercado argentino irá reabrir após o feriado do Dia da Soberania Nacional.

No mercado de câmbio, mesmo com o feriado, as reações também são ligeiramente positivas. De acordo com o El Clarín, o dólar blue (não oficial), que melhor representa a relação entre oferta e e demanda, recua 2% frente ao peso, para perto de 950 pesos. Pela cotação oficial, o dólar é negociado perto de 350 pesos.

Apesar das reações inicialmente positivas no mercado, economistas ainda têm grandes dúvidas quanto à viabilidade dos planos de Javier Milei, que tem como plano central a dolarização da economia argentina e o fim do Banco Central. A principal crítica é faltaria o principal para a dolarização da economia: dólares. 

Veja também: Argentina: por que o mercado não vê caminho fácil, apesar de disparada da bolsa?

Desafios à vista

"No curto prazo, a taxa de câmbio altamente gerida será uma variável crítica", escreveu em relatório o economista do Goldman Sachs Sergio Armella.

Outro desafio nos caminhos de Milei será a oposição, dado que seu partido não conseguiu a maioria no Legislativo. Tudo isso, diante de uma inflação rodando acima de 100% ao ano e uma dívida/PIB perto de 90%.

"Dificilmente Milei conseguirá colocar sua agenda de maneira integral e isto gerará grandes tensões que não sabemos ao certo como ele irá reagir. Dito isso é mais provável que os dois primeiros anos sejam difíceis" comentou em nota o economista André Perfeito.

Ao menos para 2024, as previsões do Goldman Sachs para a economia da Argentina são preocupantes.

"Esperamos que a economia se contraia pelo segundo ano consecutivo. A  inflação anual está próxima dos 150% e espera-se que continue a subir nos próximos meses. A taxa de câmbio está sobrevalorizada, as reservas internacionais estão em níveis críticos, as reservas líquidas são significativamente negativas, o desequilíbrio fiscal persiste, as obrigações soberanas são negociadas em níveis difíceis e o governo não tem acesso aos mercados financeiros internacionais", pontuou Armella.

Se o novo governo não seguir uma linha mais ortodoxa, afirmou o economista do Goldman Sachs, a Argentina deverá sofrer "custos sociais e econômicos ainda mais elevados".

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