Bolsa cai 3%; IPO à vista?…

O temor do Brexit

O dia foi de derrocada nos principais mercados ao redor do mundo. O Ibovespa seguiu a tendência e caiu 3,32% com a baixa no preço das commodities. Durante a tarde a queda ganhou força após a divulgação de uma pesquisa do jornal The Independent sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados preferem a saída do bloco. Foi a primeira vez que a diferença entre as posições ficou tão explícita. Com a queda de hoje, o índice brasileiro termina a semana com baixa de 2,37%.

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Não escapou ninguém

Todas as 59 ações do Ibovespa caíram. As maiores quedas ficaram com as ações ligadas a commodities. As ações preferenciais da siderúrgica Usiminas caíram 10,5%; as ordinárias da CSN, 7,6%; e as preferenciais da Metalúrgica Gerdau, 6,4%. Os papéis ordinários da Petrobras tiveram queda de 6,3%. Além da baixa no petróleo, hoje sindicatos dos petroleiros promoveram uma paralização de 24 horas nas operações da estatal. A greve é em oposição ao governo de Michel Temer e ao presidente da Petrobras, Pedro Parente. Segundo a Federal Única dos Petroleiros, a paralisação afetou bases no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, São Paulo, em Manaus e no Rio de Janeiro.

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Embraer de comando novo

Os papéis da fabricante de aviões Embraer caíram 5%. Segundo o banco Credit Suisse, as ações podem ter sido pressionadas pelo anúncio da mudança repentina de presidente na companhia, o que pegou os investidores de surpresa. A empresa anunciou a substituição de Frederico Curado por Paulo Cesar de Souza e Silva no próximo mês. Silva é executivo da Embraer desde 1997 e atualmente vice-presidente executivo da área de aviação comercial da empresa. A Embraer não deu detalhes sobre os motivos da mudança. Neste ano, as ações da companhia tiveram perdas de quase 42%. Para o banco Deutsche, outros fatores, como “pressão do mercado de jatos, questões geopolíticas no Brasil e um salto da moeda”, explicam a queda.

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Vale indiciada

Os papéis da mineradora Vale caíram 4,8%. Ontem a Vale e sua controlada Samarco foram indiciadas pela Polícia Federal após a conclusão do inquérito sobre os crimes ambientais decorrentes do rompimento da barragem na cidade mineira de Mariana. O Ministério Público disse nesta sexta-feira que a Samarco fraudou a documentação e ocultou informações para conseguir autorização nos órgãos ambientais de Minas Gerais para manter o funcionamento da barragem. Ainda segundo as investigações, não havia licença ambiental para o depósito de rejeitos de minério de ferro da Vale no local.

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Eletrobras enxuta

Em meio aos prejuízos bilionários e à dívida alta, o tamanho da estatal Eletrobras será revisto, afirmou nesta sexta-feira o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Segundo ele, o governo prepara um plano de vendas de ativos que deve começar com as companhias de distribuição e fatias minoritárias em usinas e linhas de energia. O objetivo, segundo Filho, é iniciar as vendas pela distribuidora de energia Celg-D. “O processo vai começar com a Celg, até porque já está bem encaminhado, mas não vai parar por aí, a ideia é seguir adiante”, afirmou.

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Belo Monte na Justiça

No Pará, a concessionária Norte Energia, que tem a Eletrobras como acionista majoritária e é responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, foi condenada pela Justiça Federal a pagar 15 milhões de reais em indenizações por danos morais causados à população da região afetada pelas obras e pelo alagamento da usina que está em construção em Altamira. A punição é decorrente do não cumprimento de ações previstas no licenciamento da usina, como a construção de rede de água e esgoto da cidade, o que tem causado transtornos à população local.

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IPO à vista?

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Tarcisio Godoy tomou posse nesta sexta-feira como presidente da resseguradora estatal IRB Brasil. Ele afirmou que começará a trabalhar no IPO da empresa já na segunda-feira. Esta pode ser a primeira oferta de ações no Brasil em 2016. Nos últimos dois anos foram somente duas aberturas de capital no país, bem longe do recorde de 64 em 2007. A operação será coordenada pelo sindicato de bancos, composto de Banco do Brasil, Bradesco e Itaú BBA. A abertura está prevista para setembro e deve render 1,87 bilhão de reais para a União, podendo chegar a 5 bilhões, já que o intuito é vender cerca de 45% do capital da empresa.