Exame Logo

Ibovespa avança liderado por educação sem tirar exterior do radar

Às 12:21, o Ibovespa subia 0,31%, a 111.014,97 pontos

Ibovespa: bolsa paulista mostrava ganhos nos primeiros negócios (Cris Faga/Getty Images)
R

Reuters

Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 10h40.

Última atualização em 11 de dezembro de 2019 às 12h36.

São Paulo — O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, superando os 111 mil pontos, tendo as ações de educação entre as maiores altas após o MEC flexibilizar regras sobre ensino à distância e com agentes financeiros também à espera da decisão de juros do banco central dos Estados Unidos.

Às 12:21, o Ibovespa subia 0,31%, a 111.014,97 pontos. O volume financeiro somava 4,3 bilhões de reais.

Veja também

O Federal Reserve realiza sua última reunião de política monetária de 2019 nesta quarta-feira e a expectativa é de que o a autoridade monetária deixe inalterada sua taxa básica de juros entre 1,5% e 1,75% e reitere que deve manter esse nível durante boa parte de 2020, senão o ano inteiro.

"No mercado, a expectativa se dá mesmo pelo comunicado e discurso do chairman Jerome Powell, que sinalizará o caminho da política monetária americana", destacou a equipe da Elite Investimentos, em notra a clientes.

Desdobramentos relacionados ao embate comercial China-EUA também continuam no radar, uma vez que presidente norte-americano, Donald Trump, tem alguns dias para decidir se deve impor tarifas sobre quase 160 bilhões de dólares em bens de consumo chineses.

Da pauta brasileira, há expectativa para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para após o fechamento do mercado, com as estimativas apontando redução da taxa Selic para 4,5% ao ano. Assim como a decisão do Fed, as atenções estarão voltadas para o comunicado.

"Se por um lado está dado o corte neste ano, fica a dúvida para 2020, já que o dólar segue em patamar elevado e a inflação mostra pressão de curto prazo, mas ainda abaixo da meta do Banco Central", destacaram analistas da Mirae Asset.

Ainda na pauta doméstica, o setor de varejo no Brasil seguiu em recuperação em outubro, embora com aumento das vendas abaixo do esperado, iniciando o quarto trimestre com ganhos em combustíveis e materiais para escritório.

Investidores também repercutem o resultado do IPO da plataforma de serviços financeiros XP Inc, com as ações estreando nesta sessão no mercado norte-americano, após operação que avaliou a companhia em quase 15 bilhões de dólares. A demanda no IPO superou em 14 vezes a oferta.

Na visão da equipe do Safra, o sucesso do IPO da XP chancela a perspectiva do mercado de que a empresa continua apresentando altas taxas de crescimento, se beneficiando da intermediação dos bancos no universo de investimentos, conforme nota a clientes.

Destaques

- YDUQS ON e COGNA ON avançavam 3,3% e 4%, respectivamente, após o Ministério da Educação (MEC) permitir que até 40% da carga horária dos cursos susperiores presenciais da rede federal seja ofertada na modalidade de ensino a distância (EAD). Fora do Ibovespa, SER EDUCACIONAL ON subia 4% e ANIMA ON ganhava 0,7%.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,4%, após o IPO da XP Inc, na qual detém participação relevante. A equipe da Safra disse acreditar que o IPO deve trazer um resultado positivo para o Itaú de cerca de 1,2 bilhão de reais com a reavaliação da participação do Itaú no patrimônio da XP. No setor, também contaminado pelo IPO, BTG PACTUAL UNIT tinha elevação de 0,7%. BRADESCO PN caía 0,5%.

- MAGAZINE LUIZA ON subia 1,6%, tendo de pano de fundo dados mostrando que o volume das vendas no varejo subiu 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior, o sexto mês seguido de alta nas vendas e o melhor resultado para outubro desde de 2016, quando houve ganho de 0,5%. [sexto mês seguido de alta nas vendas e o melhor resultado para outubro desde de 2016, quando houve ganho de 0,5%.

- PETROBRAS PN subia 0,6% e PETROBRAS ON avançava 0,3%, em sessão de fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo.

- VALE ON tinha acréscimo de 0,9%, em movimento alinhado a de outras mineradoras, diante da alta dos preços do minério de ferro na China.

- RESTOQUE ON saltava 7,2%, após a dona de marcas como Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá anunciar nesta quarta-feira que realizará oferta primária de até 17,25 milhões de ações com esforços restritos, que deve ser precificada em 18 de dezembro.

- BANCO BMG PN subia 1,7%, tendo no radar abertura do programa de recompra de até 11.994.003 ações preferenciais do banco a partir desta quarta-feira, com prazo até 8 de dezembro de 2020. O montante equivale a até 10% dos papéis em circulação no mercado.

- JBS ON perdia 1,5%, pesando no Ibovespa, após noticiário intenso citando a empresa na véspera, incluindo cobrança do MPF cobra para a devolução de mais de 21 bilhões de reais por fraudes no BNDES em benefício companhia e nova fase da operação Porteira Aberta que investiga fiscais que atuavam na empresa, mas também que recebeu aval de credores para reprecificar 1,9 bilhão de dólares em empréstimos. A rival MARFRIG ON subia 1,4%.

- B3 ON recuava 0,9%, também destaque do lado negativo do Ibovespa. Mais cedo, companhia divulgou que o volume médio diário (ADV) de contratos negociadosno segmento de ações foi de 1,65 milhão, acima do total de 888 mil em novembro de 2018 e quase estável em relação a outubro. Já a receita por contrato (RPC) média ficou em 981 reais, alta anual de 25,9%, mas queda de 10,1% em relação a outubro.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespa

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame