Disparada dos bancos leva Ibovespa de volta aos 103 mil pontos
Às 11:32, o Ibovespa subia 1,89%, a 103.114,83 pontos
Reuters
Publicado em 5 de setembro de 2019 às 11h00.
Última atualização em 5 de setembro de 2019 às 12h18.
São Paulo — O tom positivo prevalece na bolsa paulista nesta quinta-feira, favorecida pelo cenário externo, particularmente com a notícia de que China e Estados Unidos concordaram em retomar negociações comerciais em outubro. A forte alta dos papéis de bancos puxa o movimento e coloca o Ibovespa em níveis de meados de agosto.
Às 11:32, o Ibovespa subia 1,89%, a 103.114,83 pontos. O Ibovespa não tocava os 103 mil pontos desde 14 de agosto. O volume financeiro somava 5,19 bilhões de reais.
Itaú Unibanco subia 4,38% e Bradesco avançava 4,25%, enquanto Banco do Brasil tinha alta de 3,21%, Santender valorizava-se 3,73% e BTG Pactual ganhava 1,35%. Tal movimento tem como pano de fundo a cena externa, aprovação do parecer do relator do Senado para a Reforma da Previdência e declarações do presidente do Banco Central mais positivas sobre crescimento no último trimestre do ano.
Em meio a preocupações sobre os efeitos da guerra comercial na atividade econômica global, trazia algum alívio o acordo entre China e EUA para realizar negociações comerciais de alto nível no início de outubro em Washington.
"O fluxo de notícias positivas segue no contexto global e atua novamente como gatilho para a recuperação do mercado financeiro global", afirmou a equipe da corretora Mirae Asset, em nota enviada a clientes.
Em Wall Street, o S&P 500 subia 1,47%, em sessão de fraqueza do dólar perante uma cesta de moedas e de alta do petróleo no mercado externo .
No Brasil, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a reforma da Previdência, que segue, agora, ao plenário da Casa, e também chancelou sugestão de criar uma PEC paralela para incorporar mudanças ao texto.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a Casa pode votar a PEC principal da reforma já na próxima semana. Ele também garantiu celeridade na tramitação da chamada PEC paralela.
Outros destaques
- GOL PN subia 4,19%, favorecida pela nova queda do dólar em relação ao real, além de dados de tráfego do mês de agosto. AZUL, que também divulgou números operacionais sobre o mês passado, ganhava 3,12%.
- JBS ON valorizava-se 1,94%, um dia após se reunir com investidores em Nova York. De acordo com relato da equipe do BTG Pactual, do lado estratégico, está havendo uma mudança no foco em direção a um portfólio de maior valor agregado, com a companhia buscando crescer tanto de maneira orgânica quanto inorgânica nessa direção.
Analisando os fundamentos de cada unidade de negócio, o BTG destacou que a JBS está em um ótimo momento. "Vemos possibilidade de expansão de margens no segundo semestre de 2019, com boas perspectivas para 2020. Disciplina de capital e redução no custo da dívida são outros fatores de de-risking do case." O BTG também observou que a listagem nos EUA segue como prioridade e, quando concluída, poderá permitir uma nova política de dividendos. O BTG tem recomendação de compra para a ação da JBS e elevou o preço-alvo de 27 para 35 reais.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON avançavam 1,29% e 1,39%, respectivamente, tendo de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior.
- VALE ON mostrava acréscimo de 1,18%, com os futuros do minério de ferro na China ampliando ganhos pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira, à medida que o governo prometeu implementar políticas monetárias e fiscais para impulsionar a economia em desaceleração.
- NOTRE DAME INTERMÉDICA ON caía 0,93%, entre as poucas quedas da sessão, no segundo dia de ajustes, após ter fechado na última terça-feira em cotação recorde.
- HYPERA ON perdia 0,6%, também corrigindo ganhos recentes, após três pregões seguidos de valorização, período em que acumulou alta de 3,5%.