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Bolsa opera em queda com exterior fraco e decepção com vendas no varejo

Investidores aguardam por detalhes da primeira fase de acordo comercial, que não deve apresentar resoluções sobre questões de tecnologia e cibersegurança

Bolsas de valores: papéis de varejo entre as maiores baixas do índice após dados aquém do esperado sobre o vendas no comércio no Brasil em novembro (Germano Lüders/Exame)

Bolsas de valores: papéis de varejo entre as maiores baixas do índice após dados aquém do esperado sobre o vendas no comércio no Brasil em novembro (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 10h24.

Última atualização em 15 de janeiro de 2020 às 14h33.

São Paulo —  O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, acompanhando a fraqueza em praças acionárias no exterior, com papéis de varejo entre as maiores quedas do índice após números sobre as vendas no comércio brasileiro aquém do esperado em novembro.

Às 14h32, o Ibovespa caía 0,87%, ficando em 116.608,37 pontos. O volume financeiro no pregão era de 10,2 bilhões de reais.

Investidores ainda estão na expectativa da assinatura de acordo comercial parcial entre os Estados Unidos e a China, prevista para 13h30 (horário de Brasília), que deve marcar uma trégua depois de 18 meses de tratativas.

As atenções estão voltadas para os detalhes do acordo, mas o secretário do Tesouro dos EUA já adiantou que algumas questões de tecnologia e cibersegurança serão resolvidas no próximo capítulo das negociações.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 futuro cedia 0,2%, com novos resultados de bancos também no radar.

Da pauta brasileira, as vendas no varejo mantiveram o ritmo positivo em novembro pelo sétimo mês seguido com impulso da Black Friday, porém a alta de 0,6% em relação a outubro e a expansão de 2,9% ano a ano ficaram abaixo do esperado.

Para a equipe da consultoria Levante, os números sugerem que a "tração da economia está mais fraca do que se esperava, o que pode comprometer as expectativas de melhora consistente dos resultados das empresas nos próximos trimestres".

Destaques

- CIA HERING ON perdia 2,4%, em sessão fraca para o setor de varejo, após os dados de novembro do IBGE, com LOJAS AMERICANAS PN em baixa de 1,4% e LOJAS RENNER ON cedendo 1,2%. O índice do setor de consumo perdia 0,5%.

- EMBRAER ON caía 1,3%, tendo de pano de fundo ainda corte na recomendação dos ADRs da fabricante brasileira de aviões pelo UBS para 'neutra' ante 'compra', enquanto o preço-alvo foi mantido em 21 dólares.

- GPA PN caía 1,4%, com analistas também avaliando dados de receita do quarto trimestre, que mostraram crescimento de 24% nas vendas bruta entre outubro e novembro ante mesmo período de 2018. Analistas do Credit Suisse consideraram o desempenho das vendas fraco. No setor, CARREFOUR BRASIL ON cedia 1,7%.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,1% e BRADESCO PN recuava 1%, com bancos novamente pesando no Ibovespa. Em meio a preocupações com o aumento da competição no setor, reportagem do Valor Econômico traz que o governo prepara medidas para facilitar o pagamento de contas de serviços públicos e tributos por parte de cidadãos e empresas, com as primeiras discussões considerando ampliar o acesso de fintechs, bancos pequenos e empresas de cartões.

- PETROBRAS PN caía 0,6% e PETROBRAS ON perdia 0,9%, tendo no radar a fraqueza do petróleo no exterior, além da esperada oferta de ações da petrolífera de controle estatal em poder do BNDES.

- VALE ON avançava 0,7%, engatando a quarta sessão de ganhos, ainda apoiada em cenário favorável de analistas para os papéis em 2020. No setor de siderurgia e mineração, GERDAU PN subia 0,8%, CSN ON ganhava 0,5% e USIMINAS PNA rondava estabilidade.

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