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Bolsa: 65.742; PIB -3,6%…

65.000 A bolsa voltou a cair nesta terça-feira, fechando o dia em queda de 0,9%, com 65.742 pontos. Nas quedas, destaque para o grupo Cosan, 3,05%, que tem como produto forte o bioetanol. As ações caíram na esteira do preço do contrato futuro de açúcar, que fechou em queda de 3,8% na bolsa de Nova […]

LAVOURA AGRÍCOLA: SLC apresenta resultados hoje; ano de 2016 foi ruim, mas 2017 deve melhorar / Cristiano Mariz/EXAME
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2017 às 19h06.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h26.

65.000

A bolsa voltou a cair nesta terça-feira, fechando o dia em queda de 0,9%, com 65.742 pontos. Nas quedas, destaque para o grupo Cosan, 3,05%, que tem como produto forte o bioetanol. As ações caíram na esteira do preço do contrato futuro de açúcar, que fechou em queda de 3,8% na bolsa de Nova York. As ações da mineradora Vale recuaram 0,58% nos papéis ordinários ante a queda de 2,2% no contrato futuro do minério de ferro. Siderúrgicas também foram destaque nas quedas, como a Usiminas, cujos papéis caíram 2,9%. Destoam as ações da metalúrgica Gerdau, com alta de 3,6%, respectivamente, após receber análise positiva do banco Morgan Stanley. O dólar fechou o dia em queda de 0,22%, cotado em 3,12 reais na venda.

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Cemig mantém titularidade

A companhia elétrica Cemig teve a maior alta do Ibovespa, subindo 4,95%. Segundo informou em fato relevante, a Cemig obteve liminar do Superior Tribunal de Justiça para manter a subsidiária Cemig GT como titular da hidrelétrica de São Simão, nas divisas de Goiás e Minas Gerais. Além da hidrelétrica de São Simão, a companhia pediu, em fevereiro, a renovação da concessão das usinas Jaguara e Miranda, ambas no estado mineiro. O Ministério de Minas e Energia tem afirmado que pretende retomar as concessões de hidrelétricas da Cemig. As ações da companhia já acumulam alta de 51,1% no ano.

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CCR cai pós-resultado

As ações da concessionária CCR caíram 0,94% após a divulgação de resultados. O lucro da companhia foi de 169,5 milhões de reais no último trimestre do ano passado — queda de 30,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita de 1,69 bilhão de reais se manteve estável. A baixa dos números é reflexo da queda de 7% no tráfego. Segundo informou a CCR, a recessão econômica impactou o comportamento e o número de automóveis nas rodovias concessionadas. As ações da companhia chegaram a recuar mais de 3,5%, mas recuperaram-se.

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Recessão histórica

Depois que o IBGE divulgou nesta manhã os dados do PIB de 2016, foi confirmado: com o segundo ano de queda da economia, estamos na pior recessão desde 1930. A queda do PIB foi de 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016 e o IBGE confirmou a queda acumulada de 7,2%. O resultado trimestral, de queda de 0,9%, abaixo do que esperavam analistas, foi o pior entre 38 países, segundo ranking divulgado hoje pela Austin Ratings. De acordo com as contas do instituto, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. Em termos per capita, o PIB teve o terceiro ano de queda: o recuo foi de 4,4% em termos reais, terminando 2016 em 30.407 reais per capita. Em 2015, o indicador havia cedido 4,6% e, em 2014, 0,4%. Segundo o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, mesmo com o crescimento projetado para os próximos três anos, ainda não retomaremos o patamar. “Assumindo um crescimento de 0,1% em 2017, 2% em 2018 e 2,5% em 2019, ainda ficaremos cerca de 3% abaixo do nível do ano anterior ao início da crise”, escreveu em relatório.

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Na crise, a produção de carros

As montadoras de carros tiveram produção de 200.400 veículos no mês de fevereiro, alta de 39% em relação ao mesmo mês de 2016, segundo a Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos instalados no país. Em relação a janeiro, a alta foi de 14,7%. No acumulado do ano, a alta é de 28,1% em comparação com os dois primeiros meses do ano passado. A produção de máquinas agrícolas em fevereiro subiu 53,8% sobre janeiro e 52,5% na comparação com fevereiro do ano passado, acumulando no bimestre alta de 62,9%. “O campo ainda tem muito espaço para mecanização e estamos voltando para um patamar adequado ao país”, afirmou a vice-presidente da Anfavea, Ana Helena de Andrade.

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Investimento e poupança mínimos

A taxa de investimento brasileira ficou em 16,4% do PIB em 2016, a menor em 20 anos, desde que se iniciaram as medições do IBGE. Em 2015, a taxa havia sido de 18,1%. As taxas de poupança também atingiram os menores níveis já registrados, 13,9%. Ambas os indicadores vinham caindo desde 2013, quando alcançaram 20,9% e 18,3%, respectivamente. A queda do setor petroleiro, diante da diminuição do valor do preço do barril de petróleo, impactou diretamente a indústria vinculada à commodity, jogando para baixo as taxas de investimento.

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Terceirização no horizonte?

O projeto de lei que prevê a ampliação do uso de contratos de terceirização será votado na semana que vem no Congresso, segundo o presidente Michel Temer. “A terceirização será votada na próxima semana e a primeira hipótese é que será aprovada”, disse Temer durante reunião do Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social. Na ocasião, o presidente voltou a defender a reforma trabalhista.

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Snap durou o tempo de um snap

A Snap Inc., companhia-mãe do aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos Snapchat, afundou na bolsa de Nova York nos últimos dois dias. Depois de um IPO de 17 dólares, mais do que o esperado pela empresa, e de ter fechado na semana passada com alta acumulada de mais de 50%, a companhia aterrissou com tudo nesta semana, caindo 12% na segunda-feira e 9,8% nesta terça-feira. Pelo menos cinco analistas classificaram os papéis como “venda” e dois como “manter”, preocupados com o futuro da companhia, o aumento da competição e a instabilidade dos números divulgados pela Snap antes do IPO. O preço-alvo, segundo analistas, é de 16,80 dólares. As ações fecharam o pregão avaliadas em 21,44 dólares.

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