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Boeing já pagou mais de R$ 800 milhões em compensação para Alaska Airlines após avião perder a porta

O painel afetado, um plugue de porta, é usado para preencher uma saída de emergência desnecessária nos aviões

Boeing: empresa passa por crise financeira (Samuel Corum/Getty Images)

Boeing: empresa passa por crise financeira (Samuel Corum/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2024 às 08h57.

A Boeing, gigante da indústria aeroespacial, já pagou aproximadamente US$ 160 milhões (R$ 809 milhões) para o grupo controlador da companhia aérea Alaska Airlines como compensação pelo incidente com um painel conhecido como "tampão de porta" que se soltou da fuselagem quando o avião sobrevoava o estado do Oregon, no oeste dos Estados Unidos, de acordo com documentos apresentados pela companhia.

Segundo a ABC News, a empresa confirmou que o dinheiro é uma "compensação inicial" da Boeing "para lidar com os danos financeiros incorridos como resultado do Voo 1282 e da paralisação dos 737-9 MAX".

Segundo a documentação apresentada pela Alaska, desde o incidente, a empresa perdeu aproximadamente US$ 160 milhões do primeiro trimestre —"principalmente compreendendo receitas perdidas, custos devido a operações irregulares e custos para restaurar nossa frota ao serviço operacional".

Relembre o caso

O voo transportava 171 passageiros e seis membros da tripulação, e seguia de Portland para Ontario, no estado da Califórnia, nos EUA. Na ocasião, passageiros perderam alguns pertences e tiveram ferimentos leves. Ninguém morreu por conta do incidente.

Durante as investigações, as companhias aéreas americanas United e Alaska Airlines informaram ter encontrado "componentes soltos" em algumas de suas aeronaves Boeing 737 MAX 9 durante inspeções preliminares.

O painel afetado, um plugue de porta, é usado para preencher uma saída de emergência desnecessária nos aviões. Os investigadores do NTSB sugeriram que a peça não estava encaixada corretamente.

Causa do incidente

Em fevereiro, um relatório preliminar do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB na sigla em inglês) concluiu que quatro parafusos usados como um mecanismo de segurança para manter o painel no lugar não foram instalados no jato Boeing 737 Max 9.

O documento não chega a nenhuma conclusão sobre o que causou a falha de 5 de janeiro, mas é um relato extraordinariamente detalhado da coleta inicial de fatos do conselho de segurança. Ele contém fotos do painel que posteriormente falhou, tiradas no chão de fábrica da Boeing.

O painel havia sido trabalhado durante a montagem final, mas o NTSB ainda está analisando o que foi feito e por quê. O conselho de segurança pode levar um ano ou mais para chegar a suas conclusões formais.

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