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BNDES vê até R$500 bi em debêntures de infraestrutura até 2015

A previsão do BNDES é de que o setor consuma investimentos totais de cerca de 1,5 trilhão de reais até 2015

O banco fornece empréstimo por meio de outros bancos (Divulgacao)

O banco fornece empréstimo por meio de outros bancos (Divulgacao)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 20h51.

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) previu nesta quinta-feira que quase 30 por cento dos recursos que serão tomados para investimentos em infraestrutura até 2015 podem ser captados com as chamadas debêntures de infraestrutura.

"“Podem ser de até 500 bilhões de reais até 2015", disse o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, a jornalistas, após participar de evento, em São Paulo.

A previsão do BNDES é de que o setor consuma investimentos totais de cerca de 1,5 trilhão de reais até 2015.

Segundo Coutinho, o ambiente é propício para a expansão do uso desse instrumento, regulamentado em 2011, mas que ainda não deslanchou, por uma série de questões técnicas e operacionais.


Representantes do setor de mercado de capitais reclamam, por exemplo, da dificuldade de aprovação dos projetos que se enquadrem na estrutura criada pelo governo, que garante alíquota zero de imposto de renda a quem investir nesses títulos.

Outras reclamações do setor privado são a falta de mecanismos que garantam a liquidez desses ativos.

De acordo com Coutinho, o BNDES está estudando mecanismos para aumentar a atratividade dessas debêntures. Uma delas é a criação de um fundo de liquidez, de valor estimado em 2 bilhões de reais.

O outro é o aluguel de títulos privados que estejam na carteira do BNDES para bancos que queiram atuar como formadores de mercado nesse segmento. Ambas as medidas devem entrar em vigor nos próximos meses.

Para o presidente do banco de fomento, o ambiente é apropriado para expansão desse mercado, já que o ciclo de queda da Selic levará muitos investidores institucionais, como os fundos de pensão a buscar ativos de maior risco para garantir a rentabilidade de seus portfólios, hoje grandemente concentrados em títulos públicos.

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