Mercados

BM&FBovespa mira nos investidores de varejo internacionais

Plataforma Brazil Easy Investing, protocolada hoje, permite que investidores estrangeiros negociem ações brasileiras em suas moedas locais.

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2010 às 20h05.

São Paulo - O caminho do investidor estrangeiro até as ações listadas na BM&FBovespa ficará mais fácil com a implementação de uma nova tecnologia para negociação automática de papéis brasileiros em moedas internacionais. Pela primeira vez numa bolsa de valores, as transmissão das ordens de negociação será feita na moeda local do investidor, através do software Brazil Easy Investing, cujo compromisso para desenvolvimento foi assinado nesta quarta-feira (3) pela BM&FBovespa e pela multinacional Chi-X Global, empresa de tecnologia para mercados financeiros. 

Pelo processo atual, investidores interessados precisam primeiro fechar um contrato de câmbio e, depois, comprar ou vender o papel em moeda local. O software pretende atender principalmente ao pequeno investidor internacional, explica diretora executiva de Produtos da BM&FBOVESPA, Marta Alves. "O cliente que compra e vende muito não opera bem nesse modelo.  A ideia é facilitar para aqueles com operação de câmbio de 500, mil reais, que antes tinham um processo muito grande para cada operação, não automatizado, e passível de erro".

As fronteiras cada vez menores num mercado globalizado têm importância estratégica para a bolsa, explica Maria. "Um terço do volume negociado no segmento Bovespa vem de investimentos estrangeiros. Temos um potencial gigante de crescimento". O novo sistema será implementado no primeiro trimestre de 2010 e já tem como bancos operadores de câmbio signatários Bradesco, Citibank, HSBC e Itaú.

Software

A cada operação em território internacional, o módulo da Chi-X, chamado Chi-FX Brazil, fará as traduções para as corretoras dos dois países, o banco operador de câmbio e o investidor, devolvendo as cotações em moeda local. "É um home broker internacional, que uniu a nossa intenção de facilitar investimentos com a expertise da Chi-X", explica o diretor executivo de Operações e TI da BM&FBovespa, Cícero Augusto Vieira Neto. Segundo ele, a escolha da multinacional com sede em Londres como parceira responde à meta de aceleração dos negócios na bolsa. "Optamos por adaptar sua tecnologia para facilitar os negócios em menor tempo. É um projeto a quatro mãos, com adaptações às necessidades específicas do mercado nacional", disse em coletiva de imprensa durante a assinatura.

Para John Lowrey, CEO da Chi-X Global, o acesso ao Brasil é demanda do mercado brasileiro internacional. "O Brasil é líder em infra-estrutura e alcance financeiro, e foi um dos primeiros aos quais mostramos nossa tecnologia". A BM&FBovespa foi a primeira bolsa a firmar parceira com a Chi-X para uso do programa.

Ainda segundo Cícero, novos investimentos em tecnologia devem ser feitos na bolsa até o fim do ano. "Queremos melhorar nossa infra-estrutura em busca da meta de crescimento de 1,5 milhão de negócios/dia para 3 milhões antes de 2011", disse.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasHome brokerInvestimentos de empresasMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado