BM&FBovespa comunicará alterações do Ibovespa até 13/9
Uma das principais alterações propostas é que ações de menos de R$ 1 no período de validade da carteira anterior ao rebalanceamento não entrem no índice
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 14h05.
São Paulo - A BM&FBovespa divulgou nesta quarta-feira, 21, uma proposta para alterar a metodologia do Ibovespa, e afirmou que comunicará o mercado sobre as mudanças definitivas até, no máximo, 13 de setembro. Uma das principais alterações propostas é que ações classificadas como penny stocks (que valem menos de R$ 1) no período de validade da carteira anterior ao rebalanceamento não entrem no índice.
"A principal preocupação da BM&FBovespa é determinar quais são as mudanças mais adequadas para manter o Ibovespa como índice que representa com mais exatidão o desempenho do mercado brasileiro. Nesse sentido, os principais pontos em análise são o critério de ponderação, a fórmula de cálculo do índice de negociabilidade e os critérios de inclusão e exclusão", afirmou o presidente da empresa, Edemir Pinto, em comunicado.
De acordo com a companhia, existem duas alternativas de implementação das mudanças em análise. A primeira seria de forma escalonada ao longo de três rebalanceamentos a partir de janeiro de 2014.
A outra seria de forma integral na revisão de janeiro do ano que vem. As decisões ainda não foram tomadas porque a Bolsa decidiu efetuar novas consultas, principalmente a entidades de classe do mercado, "com o objetivo de ter mais subsídios e assim buscar uma melhor decisão".
O principal índice da bolsa brasileira está em vigor desde 1968, mas, em entrevista à imprensa no início de agosto, Edemir afirmou que não é por causa do tempo que as alterações estão sendo discutidas.
"O índice tem 45 anos, mas não é por causa disso que tem de mudar. Quando menos mexer em regras, melhor. Mas algumas situações que ocorrem não podem ser ignoradas", havia dito ele, referindo-se aos episódios de Mundial e OGX.
As ações da OGX, inclusive, que encerraram o pregão de ontem cotadas a R$ 0,70, serão afetadas caso a regra das penny stocks entre em vigor.
A proposta apresentada prevê ainda, em relação aos critérios de inclusão no Ibovespa, que os papéis devem fazer parte do total de 85% mais negociado na Bolsa, acima dos 80% vigentes. Além disso, a ação deverá ser negociada em 95% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores (também acima dos 80% atuais)
O grupo de trabalho, composto por integrantes de diversos segmentos da indústria, como gestores de recursos financeiros, empresas, sociedades corretoras de valores mobiliários e bancos múltiplos, também incluiu na proposta duas alternativas de ponderação do índice, que levam em consideração valor de mercado do "free float" (total de ações em circulação) ou liquidez.
Em ambos os casos, a participação de uma companhia no índice não poderá ser superior a 20%, considerando tanto as ações ordinárias, quanto as preferenciais.
São Paulo - A BM&FBovespa divulgou nesta quarta-feira, 21, uma proposta para alterar a metodologia do Ibovespa, e afirmou que comunicará o mercado sobre as mudanças definitivas até, no máximo, 13 de setembro. Uma das principais alterações propostas é que ações classificadas como penny stocks (que valem menos de R$ 1) no período de validade da carteira anterior ao rebalanceamento não entrem no índice.
"A principal preocupação da BM&FBovespa é determinar quais são as mudanças mais adequadas para manter o Ibovespa como índice que representa com mais exatidão o desempenho do mercado brasileiro. Nesse sentido, os principais pontos em análise são o critério de ponderação, a fórmula de cálculo do índice de negociabilidade e os critérios de inclusão e exclusão", afirmou o presidente da empresa, Edemir Pinto, em comunicado.
De acordo com a companhia, existem duas alternativas de implementação das mudanças em análise. A primeira seria de forma escalonada ao longo de três rebalanceamentos a partir de janeiro de 2014.
A outra seria de forma integral na revisão de janeiro do ano que vem. As decisões ainda não foram tomadas porque a Bolsa decidiu efetuar novas consultas, principalmente a entidades de classe do mercado, "com o objetivo de ter mais subsídios e assim buscar uma melhor decisão".
O principal índice da bolsa brasileira está em vigor desde 1968, mas, em entrevista à imprensa no início de agosto, Edemir afirmou que não é por causa do tempo que as alterações estão sendo discutidas.
"O índice tem 45 anos, mas não é por causa disso que tem de mudar. Quando menos mexer em regras, melhor. Mas algumas situações que ocorrem não podem ser ignoradas", havia dito ele, referindo-se aos episódios de Mundial e OGX.
As ações da OGX, inclusive, que encerraram o pregão de ontem cotadas a R$ 0,70, serão afetadas caso a regra das penny stocks entre em vigor.
A proposta apresentada prevê ainda, em relação aos critérios de inclusão no Ibovespa, que os papéis devem fazer parte do total de 85% mais negociado na Bolsa, acima dos 80% vigentes. Além disso, a ação deverá ser negociada em 95% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores (também acima dos 80% atuais)
O grupo de trabalho, composto por integrantes de diversos segmentos da indústria, como gestores de recursos financeiros, empresas, sociedades corretoras de valores mobiliários e bancos múltiplos, também incluiu na proposta duas alternativas de ponderação do índice, que levam em consideração valor de mercado do "free float" (total de ações em circulação) ou liquidez.
Em ambos os casos, a participação de uma companhia no índice não poderá ser superior a 20%, considerando tanto as ações ordinárias, quanto as preferenciais.