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BM&FBovespa ainda avalia impacto de medidas cambiais

SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - O aumento dos juros na China, que provocou forte apreensão nos mercados globais, e uma série de dúvidas de investidores adiaram por alguns dias a avaliação da BM&FBovespa sobre o efeito das novas medidas contra a apreciação do real anunciadas pelo governo brasileiro. "Acho que o impacto maior […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 18h45.

SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - O aumento dos juros na
China, que provocou forte apreensão nos mercados globais, e uma
série de dúvidas de investidores adiaram por alguns dias a
avaliação da BM&FBovespa sobre o efeito das novas medidas
contra a apreciação do real anunciadas pelo governo
brasileiro.

"Acho que o impacto maior hoje (nos negócios) realmente foi
por conta dos juros chineses. Se você olhar outras bolsas do
mundo, aconteceu isso (queda) também", afirmou o
diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto.

"A questão do IOF até acho que não teve impacto ainda pela
falta de informação sobre a medida. Vieram informações (do
governo) para esclarecer algumas dúvidas, inclusive, ao longo
do dia."

O executivo relatou que, em teleconferência com
investidores, a bolsa disse que o impacto do aumento do Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF) de 4 para 6 por cento nas
aplicações de estrangeiros em renda fixa é "muito pequeno".

Já o efeito da tributação maior sobre as margens de
garantia "ainda estamos analisando", acrescentou. "Vamos
acompanhar pelo menos uns dois ou três dias para ver se tem
impacto relevante e dai comunicar o mercado."

As ações da BM&FBovespa caíram 3,2 por cento
nesta sessão, para 14,05 reais, enquanto o Ibovespa
perdeu 2,6 por cento. As bolsas de valores norte-americanas e
na Europa também fecharam em baixa.

O governo brasileiro intensificou os esforços para abrandar
a valorização do real. O IOF em aplicações externas em renda
fixa subiu pela segunda vez neste mês. No caso dos derivativos,
as margens de garantia de estrangeiros também serão taxadas com
alíquota maior.

O presidente da bolsa criticou o fato de a medida do
governo ir contra o aprofundamento de regras prudenciais, tão
em discussão no mundo após a recente crise global.

"O mercado usa operações não só em bolsa, mas também em
mercado de balcão e que também podem ser feitas fora do
Brasil", disse. "O grande receio é a migração dos mercados para
fora."

Segundo ele, a BM&FBovespa não participou da discussão do
governo sobre a medida nem foi comunicada com antecedência.

(Por Daniela Machado; Edição de Bruno Marfinati)

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SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - O aumento dos juros na
China, que provocou forte apreensão nos mercados globais, e uma
série de dúvidas de investidores adiaram por alguns dias a
avaliação da BM&FBovespa sobre o efeito das novas medidas
contra a apreciação do real anunciadas pelo governo
brasileiro.

"Acho que o impacto maior hoje (nos negócios) realmente foi
por conta dos juros chineses. Se você olhar outras bolsas do
mundo, aconteceu isso (queda) também", afirmou o
diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto.

"A questão do IOF até acho que não teve impacto ainda pela
falta de informação sobre a medida. Vieram informações (do
governo) para esclarecer algumas dúvidas, inclusive, ao longo
do dia."

O executivo relatou que, em teleconferência com
investidores, a bolsa disse que o impacto do aumento do Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF) de 4 para 6 por cento nas
aplicações de estrangeiros em renda fixa é "muito pequeno".

Já o efeito da tributação maior sobre as margens de
garantia "ainda estamos analisando", acrescentou. "Vamos
acompanhar pelo menos uns dois ou três dias para ver se tem
impacto relevante e dai comunicar o mercado."

As ações da BM&FBovespa caíram 3,2 por cento
nesta sessão, para 14,05 reais, enquanto o Ibovespa
perdeu 2,6 por cento. As bolsas de valores norte-americanas e
na Europa também fecharam em baixa.

O governo brasileiro intensificou os esforços para abrandar
a valorização do real. O IOF em aplicações externas em renda
fixa subiu pela segunda vez neste mês. No caso dos derivativos,
as margens de garantia de estrangeiros também serão taxadas com
alíquota maior.

O presidente da bolsa criticou o fato de a medida do
governo ir contra o aprofundamento de regras prudenciais, tão
em discussão no mundo após a recente crise global.

"O mercado usa operações não só em bolsa, mas também em
mercado de balcão e que também podem ser feitas fora do
Brasil", disse. "O grande receio é a migração dos mercados para
fora."

Segundo ele, a BM&FBovespa não participou da discussão do
governo sobre a medida nem foi comunicada com antecedência.

(Por Daniela Machado; Edição de Bruno Marfinati)

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