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Demanda por bitcoin aumentou 10 vezes no Brasil nos últimos meses

A moeda virtual conquistou o mercado internacional e vem batendo recordes recentes de cotação; no Brasil, o "fênomeno" também veio para ficar

Bitcoin: de acordo com jornal, Goldman trata criptmoedas como meio de pagamento e não como um ativo, como o ouro (Foto/Thinkstock)

Bitcoin: de acordo com jornal, Goldman trata criptmoedas como meio de pagamento e não como um ativo, como o ouro (Foto/Thinkstock)

Fernando Pivetti

Fernando Pivetti

Publicado em 23 de maio de 2017 às 15h01.

Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 12h26.

São Paulo - Já faz alguns meses que o mercado de bitcoin surfa em uma onda de supervalorização, com altas consecutivas na cotação e demanda crescente em todo o mundo. A moeda virtual ganhou destaque nos últimos anos e tem batido recordes de preços, dando sinais claros de que conquistou o mercado. Somente ontem, a criptomoeda bateu um novo recorde, sendo negociada em 2,2 mil dólares.

No Brasil, os investidores parecem ter se preparado para a chegada desse fenômeno. Para Bernardo Faria, vice-presidente da FoxBit, o perfil do investidor da moeda virtual no país é desenhado por pessoas experientes no mercado financeiro, e que compram volumes grandes da moeda, o que ajuda a impulsionar a demanda nacional. “Na maioria dos casos, quem investe em bitcoin no Brasil parece compreender como o mercado funciona.”

Mas a experiência dos investidores veteranos não parece assustar os novatos no mercado que estão a procura de novas oportunidades. Rodrigo Batista, CEO do Mercado Bitcoin, afirma que nos últimos três meses, a procura pelo mercado da moeda virtual no país aumentou mais de 10 vezes.

Alternativa contra riscos

Além da valorização crescente dos últimos meses, o interesse dos investidores pela bitcoin é impulsionado em momentos de pânico do mercado financeiro, como o que aconteceu na última semana em meio aos escândalos políticos do país.

A moeda acaba sendo uma opção de investimento para tentar se blindar da crise. Faria explica que a moeda digital é vista como uma opção atraente contra riscos geopolíticos. “Quando ocorrem problemas como o corte de moedas na Venezuela alguns meses atrás ou a crise na Grécia, a bitcoin aparece como alternativa de menor risco.”

Investimento de risco

Apesar de muito atraente, a bitcoin possui riscos tanto quanto outros ativos do mercado. No caso da moeda virtual, o investidor deve estar sempre atento às altas variações de preço da moeda.

Bernardo Faria ressalta que parte desse comportamento oscilações dos preços acontece porque a moeda possui uma liquidez muito elevada. “A bitcoin é volátil por ser uma commodity digital com uma tecnologia exponencial, e por estar na internet possui um fluxo de compra e venda muito elevado.”

Cuidados de primeira viagem

Batista alerta que, para quem está começando a investir, o ideal é sempre estudar o funcionamento do mercado, entender todos os riscos que a bitcoin oferece.

“Assim como outros ativos no mercado, a bitcoin é um investimento de alto risco e as pessoas precisam compreender como tudo isso funciona antes de começar a investir.”

Outro conselho do CEO do Mercado Bitcoin é pesquisar muito bem sobre as corretoras que operam bitcoin no Brasil e buscar as melhores condições para o investimento. “Outro ponto importante é sempre observar as credenciais de operadores da moeda para evitar ciladas.”

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