BC atua, dólar reduz baixa e termina em queda de 0,05%
Leilão de swap cambial reverso solidifica disposição em manter a moeda norte-americana acima do piso de R$ 2
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2012 às 18h02.
São Paulo - O dólar à vista abriu em declínio no balcão, acompanhando o sentimento positivo no exterior no início dos negócios no mercado doméstico nesta terça-feira. A moeda norte-americana tocou a mínima do dia, com recuo de 0,55%, e, na sequência, operadores relatavam que o Banco Central consultava mesas de operações sobre eventual demanda por swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro. Ao final da manhã, de fato, o BC anunciou a oferta de até 50 mil contratos, em um movimento que, para agentes financeiros, solidificou a percepção quanto à disposição de o governo manter o dólar acima do piso de R$ 2.
Dos 50 mil contratos ofertados em swap cambial reverso, a venda foi de 7 mil contratos para 3 de setembro, com valor financeiro equivalente a US$ 350,2 milhões. Apenas a sondagem da autoridade sobre a demanda pela transação colocou a moeda nas máximas. Quando o BC anunciou o leilão, a moeda ainda reagiu em alta, voltou ao negativo logo após a divulgação do resultado para, então, permanecer entre leves altas e baixas até o fechamento da sessão. "Com a operação, o BC quis conter a queda do dólar", que ocorria em um dia de ambiente externo mais favorável, ponderou um operador.
O dólar à vista fechou a R$ 2,017 no mercado de balcão, com leve queda de 0,05%. Na máxima, atingiu R$ 2,023 e bateu R$ 2,007 na mínima. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 2,0173, com recuo de -0,06% (dado preliminar). O giro financeiro somava US$ 1,13 bilhão perto das 16h30. No mesmo horário, o dólar para setembro de 2012 estava cotado R$ 2,022, perto da estabilidade (-0,02%).
A mais recente atuação do BC com swap reverso havia sido em 27 de março deste ano. Depois disso, o BC atuou com swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Entre estas operações tradicionais, vencem US$ 4,45 bilhões em 3 de setembro.
Pelo fato de o BC não ter feito a rolagem, em 31 de julho, dos 91.400 contratos de swap cambial tradicional que venciam em 1º de agosto, agentes do mercado estimam que o swap reverso de hoje deve ser seguido por outros com a mesma característica até se aproximar do valor que vence em swap tradicional no início de setembro, com objetivo de neutralizar o vencimento.
O bom humor no exterior foi perdendo fôlego ao longo do dia, mas os momentos de maior apetite por risco foram alimentados pelas informações de que a China considera adotar estímulos no semestre corrente para impulsionar o consumo doméstico, renovação da esperança de que o Banco Central Europeu (BCE) possa ajudar os países em dificuldades na região e indicações de que a Alemanha possa fazer "pequenas concessões" no caso da Grécia, desde que o país mostre disposição para cumprir metas.
São Paulo - O dólar à vista abriu em declínio no balcão, acompanhando o sentimento positivo no exterior no início dos negócios no mercado doméstico nesta terça-feira. A moeda norte-americana tocou a mínima do dia, com recuo de 0,55%, e, na sequência, operadores relatavam que o Banco Central consultava mesas de operações sobre eventual demanda por swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro. Ao final da manhã, de fato, o BC anunciou a oferta de até 50 mil contratos, em um movimento que, para agentes financeiros, solidificou a percepção quanto à disposição de o governo manter o dólar acima do piso de R$ 2.
Dos 50 mil contratos ofertados em swap cambial reverso, a venda foi de 7 mil contratos para 3 de setembro, com valor financeiro equivalente a US$ 350,2 milhões. Apenas a sondagem da autoridade sobre a demanda pela transação colocou a moeda nas máximas. Quando o BC anunciou o leilão, a moeda ainda reagiu em alta, voltou ao negativo logo após a divulgação do resultado para, então, permanecer entre leves altas e baixas até o fechamento da sessão. "Com a operação, o BC quis conter a queda do dólar", que ocorria em um dia de ambiente externo mais favorável, ponderou um operador.
O dólar à vista fechou a R$ 2,017 no mercado de balcão, com leve queda de 0,05%. Na máxima, atingiu R$ 2,023 e bateu R$ 2,007 na mínima. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 2,0173, com recuo de -0,06% (dado preliminar). O giro financeiro somava US$ 1,13 bilhão perto das 16h30. No mesmo horário, o dólar para setembro de 2012 estava cotado R$ 2,022, perto da estabilidade (-0,02%).
A mais recente atuação do BC com swap reverso havia sido em 27 de março deste ano. Depois disso, o BC atuou com swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Entre estas operações tradicionais, vencem US$ 4,45 bilhões em 3 de setembro.
Pelo fato de o BC não ter feito a rolagem, em 31 de julho, dos 91.400 contratos de swap cambial tradicional que venciam em 1º de agosto, agentes do mercado estimam que o swap reverso de hoje deve ser seguido por outros com a mesma característica até se aproximar do valor que vence em swap tradicional no início de setembro, com objetivo de neutralizar o vencimento.
O bom humor no exterior foi perdendo fôlego ao longo do dia, mas os momentos de maior apetite por risco foram alimentados pelas informações de que a China considera adotar estímulos no semestre corrente para impulsionar o consumo doméstico, renovação da esperança de que o Banco Central Europeu (BCE) possa ajudar os países em dificuldades na região e indicações de que a Alemanha possa fazer "pequenas concessões" no caso da Grécia, desde que o país mostre disposição para cumprir metas.