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Para os bancos, o aperto continua

A temporada de balanços dos bancos, que começa hoje com o Santander, deve confirmar que eles seguem um calendário próprio. Enquanto o país chafurdava na crise, as instituições bateram recordes de lucros em 2015. Agora, com um sopro de esperança no horizonte, a vida dos bancos vai continuar mais difícil por um bom tempo. O […]

Santander: (Itaci Batista/Estadão Conteúdo/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 21h33.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

A temporada de balanços dos bancos, que começa hoje com o Santander, deve confirmar que eles seguem um calendário próprio. Enquanto o país chafurdava na crise, as instituições bateram recordes de lucros em 2015. Agora, com um sopro de esperança no horizonte, a vida dos bancos vai continuar mais difícil por um bom tempo. O segundo trimestre deve ser mais uma vez de lucros menores.

O Santander foi o único a surpreender positivamente no primeiro trimestre, com um lucro que cresceu 1,7% e chegou a 1,6 bilhão de reais. Desta vez, com as concessões de crédito ainda mais escassas e os calotes subindo, nem o Santander deve escapar. A expectativa é de que o banco tenha um lucro de 1,4 bilhões de reais, uma queda de 16,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Nos próximos trimestres, a expectativa é de que os resultados dos principais bancos do país continuem piorando. Não que isso tire o sono dos investidores. Só em julho, as ações ordinárias do Banco do Brasil subiram 24,8%, as preferenciais do Bradesco 13,9%, as units do Santander 11,8%, e os papéis ordinários do Bradesco, 8,9%.

O motivo está na já famosa expectativa de melhora do cenário econômico em 2017. Para analistas do banco Goldman Sachs, o ponto de virada nos lucros dos bancos deve vir a partir do segundo trimestre do próximo ano. Segundo o banco, a melhora dos índices de confiança do consumidor e da indústria deve ajudar na retomada de consumo e no crescimento do PIB no próximo ano.

Os analistas reconhecem, entretanto, que o risco de grandes falências de empresas ainda pode prejudicar os bancões. Além disso, para voltar aos lucros anteriores à crise, será preciso paciência. A recuperação completa é lenta e a média de lucros de 2015 só deve voltar em 2019.  Não há motivos para desespero. Ano passado, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander lucraram, juntos, 62 bilhões de reais no Brasil – 27% a mais que em 2014.

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