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Bancos tomam lugar de Petrobras entre empresas mais valiosas

Petrobras e Vale foram ultrapassadas por Itaú Unibanco e Bradesco na Bovespa

Operadores na Bovespa: a Petrobras perdeu 40,6% em valor de mercado nos últimos 12 meses (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 09h16.

São Paulo - O ano de 2014 foi um divisor de águas para a Bovespa , que viu o enfraquecimento das gigantes Petrobrás e Vale, o fortalecimento dos bancos e a consolidação da Ambev como empresa mais valiosa do País.

A queda no preço internacional das commodities contribuiu para que a Petrobrás perdesse 40,6% em valor de mercado nos últimos 12 meses, totalizando R$ 127,5 bilhões no fechamento de ontem, enquanto a Vale recuou 39,6%, para R$ 107,6 bilhões, de acordo com dados da Economática.

Com isso, ambas não aparecem mais entre as três maiores companhias do País, sendo ultrapassadas por Itaú Unibanco e Bradesco.

Já a Ambev perdeu 5,3%, mas ainda assim fechou o ano com valor de mercado de R$ 256,7 bilhões, mantendo-se na liderança e valendo mais de duas Petrobrás.

O cenário negativo para os preços internacionais das commodities foi destaque em 2014. A economia chinesa, grande consumidora de insumos básicos, seguiu em compasso de desaquecimento e reduziu sua demanda por itens importados, como o minério de ferro, que atingiu seu menor preço em mais de cinco anos.

Outra commodity cujo preço despencou foi o petróleo, afetado pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de não reduzir a produção, a despeito do excesso de oferta no mercado.

Ontem, na Nymex, o contrato de petróleo para fevereiro chegou a US$ 53,61 por barril, a menor cotação desde maio de 2009.

O preço das commodities em baixa fez com que a aversão ao risco tomasse conta dos mercados no Brasil, provocando a fuga dos investidores das ações da Vale e da Petrobrás. No caso da petrolífera, o movimento acabou agravado pelos escândalos de corrupção envolvendo a estatal.

O preço dos insumos básicos chamou a atenção de profissionais do mercado financeiro. Em novembro, a carta mensal do gestor Luís Stuhlberger, do Credit Suisse Hedging Griffo, indicava que a queda dos preços das commodities deveria afetar o crescimento econômico do País no próximo ano.

"Certamente, 2015 não será um ano bom. Com tantos ajustes a fazer... - desemprego em elevação, alta de juros, aumento significativo da carga tributária e alguma moderação de gastos, sem contar com os riscos de falta de energia elétrica e água e de queda nos preços de commodities (que foram tão benéficas nos "anos dourados")", afirma o relatório.

A aversão de investidores ao risco no mercado financeiro foi acentuada pelo clima de incerteza no País, que teve um ano marcado por baixo crescimento da economia e volatilidade.

Como resultado, houve maior procura por companhias consideradas resilientes. Isso fez o valor de mercado do Itaú Unibanco crescer 21,6% nos últimos 12 meses e atingir R$ 183,1 bilhões, enquanto o Bradesco avançou 13,6% e somou R$ 145,5 bilhões.

As ações dos bancos também foram beneficiadas, ao longo de 2014, pela elevação da Selic, pela alteração na metodologia do Índice Bovespa, que propiciou um aumento do peso das instituições financeiras, e pelos balanços com boas rentabilidades (ROE).

Outro papel que costuma ser procurado em períodos de aversão ao risco é o da Ambev. Em relatório, a Guide Investimentos explica que a fabricante de bebidas tem uma sólida geração de caixa mesmo em períodos desafiadores.

Com a valorização do dólar ante o real, os investidores se voltaram para as empresas exportadoras. O valor de mercado da Embraer subiu 30,1%, da Fibria, 17,6%, e o da JBS, 28,9%.

Já a principal ganhadora da Bolsa de Valores em 2014, entre as empresas listadas no Ibovespa, foi a Kroton, de Educação. A companhia teve um ganho de 138,3% em valor de mercado e terminou o ano avaliada em R$ 25,1 bilhões, mais do que empresas como Embraer e Usiminas.

Perdedores - As siderúrgicas e as empresas do setor de construção tiveram destaque negativo no ano e apareceram entre as maiores perdedoras. No caso da CSN, o valor de mercado encolheu 63,3%.

A Gerdau amargou retração de 47,5%. A Rossi Residencial perdeu 66,8% do valor de mercado em 2014, seguida por uma queda de 52,5% da PDG Realty.

No setor de energia, empresas como Cesp e Copel se valorizaram, mas a maioria das elétricas perdeu valor em 2014. No setor da construção, todas as companhias que compõem o Índice Bovespa encolheram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo - O Ibovespa terminou 2014 com perda de 2,91% aos 50.007 pontos. Apesar de ter terminado no vermelho, o desempenho da Bolsa neste ano foi melhor do que em 2013, quando o índice fechou com perda de 15,50%. As ações da Kroton foram as que apresentar o melhor desempenho no ano, com variação positiva de 63%. Em contrapartida, a Oi apresentou a maior queda, de 76%. Veja nas fotos acima as melhores e as piores ações.
  • 2. As melhores ações do ano - Kroton (KROT3)

    2 /22(Divulgação)

  • Veja também

    SetorEducação
    PreçoR$ 15,50
    Variação no ano+63,76%
  • 3. Marfrig (MRFG3)

    3 /22(Paulo Whitaker/Reuters)

  • SetorAlimentos
    PreçoR$ 6,10
    Variação no ano+52,50%
  • 4. GOL (GOLL4)

    4 /22(Divulgação)

    SetorAéreo
    PreçoR$ 15,18
    Variação no ano+44,85%
  • 5. Cetip (CTIP3)

    5 /22(Reprodução)

    SetorFinanceiro
    PreçoR$ 32,20
    Variação no ano+40,14%
  • 6. BB Seguridade (BBSE3)

    6 /22(Bovespa)

    SetorFinanceiro
    PreçoR$ 32,16
    Variação no ano+36,86%
  • 7. Cesp (CESP6)

    7 /22(Divulgação/Cesp)

    SetorEnergia
    PreçoR$ 26,81
    Variação no ano+35,52%
  • 8. Cielo (CIEL3)

    8 /22(Divulgação)

    SetorCIEL3
    PreçoR$ 41,67
    Variação no ano+31,52%
  • 9. Embraer (EMBR3)

    9 /22(Eric Piermont/AFP)

    SetorAéreo
    PreçoR$ 24,44
    Variação no ano+31,46%
  • 10. BRF (BRFS3)

    10 /22(Germano Lüders/EXAME)

    SetorAlimentos
    PreçoR$ 62,97
    Variação no ano+30,94%
  • 11. As piores ações - Oi (OIBR4)

    11 /22(REUTERS/Nacho Doce)

    SetorTelecomunicações
    PreçoR$ 8,61
    Variação no ano-76,02%
  • 12. Rossi (RSID3)

    12 /22(Divulgacao/EXAME.com)

    SetorConstrução
    PreçoR$ 3,39
    Variação no ano-66,76%
  • 13. Usiminas (USIM5)

    13 /22(Kiko Ferrite)

    SetorSiderurgia
    PreçoR$ 5,05
    Variação no ano-64,46%
  • 14. CSN (CSNA3)

    14 /22(Divulgação)

    SetorSiderurgia
    PreçoR$ 5,38
    Variação no ano-61,20%
  • 15. PDG (PDGR3)

    15 /22(Jonne Roriz/EXAME)

    SetorConstrução
    PreçoR$ 0,86
    Variação no ano-52,49%
  • 16. Gerdau (GOAU4)

    16 /22(Gerdau)

    SetorSiderurgia
    PreçoR$ 11,30
    Variação no ano-50,79%
  • 17. Gerdau (GGBR4)

    17 /22(Divulgação)

    SetorSiderurgia
    PreçoR$ 9,58
    Variação no ano-46,79%
  • 18. Petrobras (PETR3)

    18 /22(Ricardo Moraes/Reuters)

    SetorPetróleo
    PreçoR$ 9,59
    Variação no ano-37,88%
  • 19. Petrobras (PETR4)

    19 /22(Divulgação)

    SetorPetróleo
    PreçoR$ 10,02
    Variação no ano-37,56%
  • 20. Bradespar (BRAP4)

    20 /22(Reprodução)

    SetorFinanceiro
    PreçoR$ 14,30
    Variação no ano-37,33%
  • 21. As ações que mais se valorizaram em 2014

    21 /22(Getty Images)

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