Bancos na Itália despencam com receio de contágio da Grécia
A agência de rating Moody's pode rebaixar 13 bancos italianos por vulnerabilidade à crise grega
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2011 às 16h13.
Milão - O UniCredit SpA e Intesa Sanpaolo SpA despencaram na bolsa de Milão depois que o anúncio de revisão de suas notas de crédito intensificou o receio de contágio da crise da dívida na Europa.
O UniCredit, maior instituição financeira da Itália, liderava as quedas às 11:11, com baixa de 5,06 por cento, para 1,37 euros por ação, depois atingir 8,9 por cento de queda. O Intesa Sanpaolo, segundo maior banco do país em ativos, caía 3,93 por cento para 1,713 euros por ação. O banco chegou a recuar 7,2 por cento hoje. Ambas as ações foram suspensas na bolsa de Milão por alguns minutos depois de ultrapassar o limite de variação intradiária.
A Moody’s Investors Service disse ontem que pode rebaixar 13 bancos italianos porque eles estariam vulneráveis a um corte no na nota soberana do país. A agência disse na semana passada que a classificação da dívida da Itália pode ser rebaixada devido aos baixos níveis de crescimento econômico e a potencial elevação de juros em decorrência de uma crise econômica. Os bancos italianos passarão por testes de stress no próximo mês, para avaliar se eles têm capital suficiente.
O título da dívida soberana da Itália com vencimento em dez anos caiu, levando o prêmio sobre o título equivalente da Alemanha ao maior nível desde a criação do euro, em 1999. A diferença do rendimento entre eles aumentou cinco pontos-base para 212 pontos-base às 9:44.
“O rebaixamento pela Moody’s pode ser ainda maior para abranger a dívida de longo prazo”, disse Thomas Laschetti, operador na Tullett Prebon Ltd. em Londres. “Isso é o suficiente para criar o ambiente certo para reduzir a exposição ao setor.”
Representantes do Intesa Sanpaolo e do UniCredit em Milão não quiseram comentar.
‘Sensíveis’ ao rating
“Esses bancos são sensíveis a uma mudança, mesmo que moderada, na avaliação de crédito do governo e a capacidade deste em poder ajudar os bancos do país”, disse a Moody’s em comunicado.
O primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse hoje que os bancos do país estão saudáveis e “capitalizados”. Em discurso na conferência de líderes europeus em Bruxelas, ele disse que não estava preocupado com os comentários da Moody’s sobre os bancos da Itália.
A autoridade bancária da Europa disse ontem que atualizou os testes de stress para considerar possíveis perdas com investimentos em dívidas soberanas de países da União Europeia que passam por crises financeiras, como a Grécia. O Intesa e o UniCredit estão entre os cinco bancos italianos que vão passar pelo teste.
Os bancos italianos querem fazer captações para fortalecer seu capital. O Unione di Banche Italiane ScpA, quarto maior banco do país, recuava 1,38 por cento para 3,75 euros por ação na bolsa de Milão às 11:16. O banco pode ter dificuldades para atrair investidores para sua oferta de 1 bilhão de euros, que acaba hoje. A oferta é de oito novas ações por 3,808 euros a cada 21 ações que o investidor detenha.
‘Dificuldade’ econômica
“Ainda há incerteza quanto ao risco soberano e as exigências de capital dos bancos,” disse Paul Vrouwes, que ajuda a administrar cerca de 20 bilhões de euros em ações na ING Investment Management, em Haia. “A economia italiana está passando por dificuldades maiores do que outras nações.” Vrouwes não planeja comprar ações do Unione di Banche Italiane.
O Banca Monte dei Paschi di Siena SpA, que quer levantar 2,2 bilhões de euros em emissão ações até 8 de julho, chegou a recuar 5 por cento para 51,95 centavos de euro, uma mínima histórica. A ação caia 3,48 por cento às 11:18 na bolsa de Milão, para 52,75 centavos de euro. O valor de cada ação na oferta é 44,6 euros.
O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse nesta semana que a relação entre a crise das dívidas da região e seus bancos é a “ameaça mais séria” à estabilidade financeira da União Europeia.
Bancos da EU se encontram em Bruxelas, para evitar uma crise como a que seguiu a quebra do Lehman Brothers Holdings Inc. em 2008. Eles querem evitar a moratória da Grécia e definir um segundo resgate ao país.
Milão - O UniCredit SpA e Intesa Sanpaolo SpA despencaram na bolsa de Milão depois que o anúncio de revisão de suas notas de crédito intensificou o receio de contágio da crise da dívida na Europa.
O UniCredit, maior instituição financeira da Itália, liderava as quedas às 11:11, com baixa de 5,06 por cento, para 1,37 euros por ação, depois atingir 8,9 por cento de queda. O Intesa Sanpaolo, segundo maior banco do país em ativos, caía 3,93 por cento para 1,713 euros por ação. O banco chegou a recuar 7,2 por cento hoje. Ambas as ações foram suspensas na bolsa de Milão por alguns minutos depois de ultrapassar o limite de variação intradiária.
A Moody’s Investors Service disse ontem que pode rebaixar 13 bancos italianos porque eles estariam vulneráveis a um corte no na nota soberana do país. A agência disse na semana passada que a classificação da dívida da Itália pode ser rebaixada devido aos baixos níveis de crescimento econômico e a potencial elevação de juros em decorrência de uma crise econômica. Os bancos italianos passarão por testes de stress no próximo mês, para avaliar se eles têm capital suficiente.
O título da dívida soberana da Itália com vencimento em dez anos caiu, levando o prêmio sobre o título equivalente da Alemanha ao maior nível desde a criação do euro, em 1999. A diferença do rendimento entre eles aumentou cinco pontos-base para 212 pontos-base às 9:44.
“O rebaixamento pela Moody’s pode ser ainda maior para abranger a dívida de longo prazo”, disse Thomas Laschetti, operador na Tullett Prebon Ltd. em Londres. “Isso é o suficiente para criar o ambiente certo para reduzir a exposição ao setor.”
Representantes do Intesa Sanpaolo e do UniCredit em Milão não quiseram comentar.
‘Sensíveis’ ao rating
“Esses bancos são sensíveis a uma mudança, mesmo que moderada, na avaliação de crédito do governo e a capacidade deste em poder ajudar os bancos do país”, disse a Moody’s em comunicado.
O primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse hoje que os bancos do país estão saudáveis e “capitalizados”. Em discurso na conferência de líderes europeus em Bruxelas, ele disse que não estava preocupado com os comentários da Moody’s sobre os bancos da Itália.
A autoridade bancária da Europa disse ontem que atualizou os testes de stress para considerar possíveis perdas com investimentos em dívidas soberanas de países da União Europeia que passam por crises financeiras, como a Grécia. O Intesa e o UniCredit estão entre os cinco bancos italianos que vão passar pelo teste.
Os bancos italianos querem fazer captações para fortalecer seu capital. O Unione di Banche Italiane ScpA, quarto maior banco do país, recuava 1,38 por cento para 3,75 euros por ação na bolsa de Milão às 11:16. O banco pode ter dificuldades para atrair investidores para sua oferta de 1 bilhão de euros, que acaba hoje. A oferta é de oito novas ações por 3,808 euros a cada 21 ações que o investidor detenha.
‘Dificuldade’ econômica
“Ainda há incerteza quanto ao risco soberano e as exigências de capital dos bancos,” disse Paul Vrouwes, que ajuda a administrar cerca de 20 bilhões de euros em ações na ING Investment Management, em Haia. “A economia italiana está passando por dificuldades maiores do que outras nações.” Vrouwes não planeja comprar ações do Unione di Banche Italiane.
O Banca Monte dei Paschi di Siena SpA, que quer levantar 2,2 bilhões de euros em emissão ações até 8 de julho, chegou a recuar 5 por cento para 51,95 centavos de euro, uma mínima histórica. A ação caia 3,48 por cento às 11:18 na bolsa de Milão, para 52,75 centavos de euro. O valor de cada ação na oferta é 44,6 euros.
O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse nesta semana que a relação entre a crise das dívidas da região e seus bancos é a “ameaça mais séria” à estabilidade financeira da União Europeia.
Bancos da EU se encontram em Bruxelas, para evitar uma crise como a que seguiu a quebra do Lehman Brothers Holdings Inc. em 2008. Eles querem evitar a moratória da Grécia e definir um segundo resgate ao país.