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Bancos europeus desabam, puxados por Credit Suisse e temor no sistema financeiro global

Reguladores e os executivos das empresas têm tentado deixar os investidores menos temerosos, mas não têm conseguido

Funcionários do Credit Suisse entram em prédio da companhia. Segundo maior banco suíço, o Credit Suisse preocupa o mercado ao atravessar longa crise, agravada pela falência do SVB (Spencer Platt]/Getty Images)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 15 de março de 2023 às 09h53.

Última atualização em 15 de março de 2023 às 14h23.

As ações dos bancos europeus ampliam suas quedas nesta manhã com o temor de sobre o mercado de crédito e a liquidez globais após a crise dos bancos nos Estados Unidos. O banco com as ações mais pressionadas é oCredit Suisse, que vem enfrentando problemas desde 2022.

As ações do Credit Suisse, negociadas em Zurique, caíam por volta de 20%, puxando o índice bancário europeu para um recuo de mais de 6%. Os papéis ainda chegaram a entrar em leilão.Banco Nacional Saudita, que tem participação no Credit, disse que não irá dar mais ajuda financeira ao banco.

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Em Paris, o BNP Paribas caía 11% enquanto o Societe Generale recuava 12,6%. Em Frankfurt, o Commerzbank caía 10,1% e o Deutsche Bank caía 8,5%.

Reguladores e os executivos das empresas têm tentado deixar os investidores menos temerosos, mas não têm conseguido.

A agência de classificação de risco Moody’s revisou na terça-feira perspectiva sobre o sistema bancário dos EUA de “estável” para “negativa”. De acordo com a agência, há riscos elevados para o setor.

Por que o Credit Suisse está em queda?

A crise com o SVB disparou o sinal de alerta em todo o mercado de capitais global. O temor com a saúde do setor bancário é grande, mas chega a ser mais grave com o Credit Suisse, que desde o ano passado enfrenta dificuldades.

Na terça-feira, 14, o Credit Suisse afirmou ter encontrado “fraqueza material” em seus balanços e descartou o pagamento de bônus a executivos após o pior desempenho anual da instituição desde a crise financeira global. Desde 2022, o banco já vem fazendo cortes de custos, o que incluiu fechamento de postos de trabalho.

Em 2021, o banco sofreu uma perda de R$ 5,5 bilhões, relacionada ao fundo Archegos Capital Management. Na última semana,a Securities and Exchange Commission (SEC), que é a CVM dos EUA,  apresentou questionamentos sobre a evolução do fluxo de caixa de 2019 e 2020.

 

 

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