Autoridades emitem decreto que proíbe bitcoin no Egito
No Egito não é proibido o comércio de bitcoins e o Banco Central manifestou que não pretende regular o câmbio com criptomoedas
EFE
Publicado em 1 de janeiro de 2018 às 12h23.
Última atualização em 1 de janeiro de 2018 às 17h10.
Cairo, 1 jan (EFE).- As autoridades religiosas do Egito emitiram uma fatwa, um decreto islâmico não vinculativo, que proíbe a posse ou compra e venda do bitcoin, pelo seu caráter especulativo e por considerar que pode facilitar o financiamento do terrorismo.
A fatwa, emitida pelo mufti Shauqui Alam, máxima autoridade religiosa do país, equipara a popular criptomoeda com as apostas, também proibidas na lei islâmica, pela alta volatilidade de sua cotação, segundo informou a agência oficial "Mena".
Para tomar a decisão, o mufti consultou assessores econômicos e chegou à conclusão que o bitcoin envolve um "risco alto" para os indivíduos e para o Estado e pode causar "danos financeiros diretos" às pessoas e instituições que o usarem e às moedas circulantes.
A fatwa também considera que o bitcoin "facilita" o financiamento do terrorismo e o tráfico de armas e drogas pela dificuldade para a sua supervisão, segundo o texto íntegro da fatwa, reproduzido pela imprensa local.
O mufti argumentou sua decisão no profeta Maomé, que diz "Quem nos engana não é um de nós".
No Egito não é proibido o comércio de bitcoins e o Banco Central manifestou que não pretende regular o câmbio com criptomoedas.
No entanto, ocorreram detenções de pessoas em posse de bitcoins, que foram acusadas de câmbio de moedas ilegais.