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Autoridades chinesas dizem que irão ajudar Evergrande a lidar com dívida

O governo de Guangdong, província no sul da China onde a empresa fica sediada, disse que, a pedido da Evergrande, enviaria um grupo de trabalho para ajudar na administração de riscos

Evergrande: o Banco Central da China disse que apoia a decisão do governo de Guangdong de intervir (Getty Images) (Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de dezembro de 2021 às 16h47.

Última atualização em 3 de dezembro de 2021 às 17h00.

Autoridades chinesas disseram nesta sexta-feira que iriam intervir para ajudar a Evergrande a lidar com sua crise, depois que o gigante imobiliário altamente endividado alertou que corria o risco de não cumprir uma grande obrigação financeira e buscou ajuda do governo de sua província.

O governo de Guangdong, província no sul da China onde a empresa fica sediada, disse que, a pedido da Evergrande, enviaria um grupo de trabalho para ajudar na administração de riscos.

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O grupo deve supervisionar e aprimorar a gestão de riscos e os controles internos da companhia, além de ajudá-la a manter as operações normais, dizem autoridades. Segundo o governo, a decisão foi tomada depois que funcionários convocaram o presidente da empresa, Hui Ka Yan, para uma reunião.

Também nesta sexta, o Banco Central da China disse que apoia a decisão do governo de Guangdong de intervir. O Banco do Povo da China (PBoC), por sua vez, afirmou que cooperaria com os esforços e trabalharia com outras agências e governos locais para ajudar a reduzir os riscos da Evergrande e manter a estabilidade nas propriedades do país. Os reguladores bancários e de valores mobiliários da China também disseram que trabalhariam juntos para manter saudável o setor imobiliário em geral.

As autoridades também usaram palavras duras para a empresa. "Os riscos de Evergrande são principalmente devido à sua própria má gestão e expansão cega", disse o PBoC, ecoando algumas de suas críticas anteriores ao desenvolvedor de 25 anos.

Em um documento regulatório, a Evergrande afirmou nesta sexta que recebeu uma demanda de 260 milhões de dólares para "cumprir suas obrigações sob uma garantia" e, se não honrar com seus compromissos, alguns credores podem exigir o reembolso acelerado das quantias que são devidas.

A incorporadora também disse que planeja trabalhar com credores internacionais em um plano de reestruturação, efetivamente admitindo pela primeira vez que suas pesadas dívidas offshore não são sustentáveis.

A companhia afirmou que "planeja se envolver ativamente com os credores offshore para formular um plano de reestruturação viável do endividamento offshore da empresa para o benefício de todas as partes interessadas."

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