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Atentado contra Trump: como os mercados reagem nesta segunda-feira

O Bitcoin subiu 8,6%, para US$ 62.508, atingindo seu maior valor em duas semanas,

Trump sai de comício na Pensilvânia após tentativa de assassinato (Rebecca Droke/AFP)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 15 de julho de 2024 às 06h44.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 10h00.

Os mercados da Ásia-Pacífico operaram de forma mista nesta segunda-feira com dados do PIB da China aquém da expectativa e investidores avaliando o impacto do atentado contra Donald Trump nos EUA.

FOTOS: Trump é ferido na cabeça durante comício na Pensilvânia

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,6%, enquanto o CSI 300 da China continental subiu 0,15%. O S&P/ASX 200 da Austrália estendeu os ganhos para o terceiro dia consecutivo, subindo 0,73%, atingindo um novo máximo histórico. O Kospi da Coreia do Sul ganhou 0,14%. Os mercados do Japão estão fechados devido a feriado.

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Nos EUA, no pré-mercado, o S&P 500 subia 0,38%, o Dow Jones, 0,39%, e o Nasdaq, 0,50%.

O mercado depois do atentado

À medida que os mercados financeiros mundiais começaram a reabrir após a tentativa de assassinato de Donald Trump, uma coisa parecia provável para os investidores: o comércio, na teoria, pode ganhar mais impulso com Trump, segundo análise da Bloomberg.

A série de apostas – baseadas na antecipação de que o regresso do republicano à Casa Branca daria início a cortes de impostos, tarifas mais altas e regulamentações mais flexíveis– já vinha ganhando terreno desde que o fraco desempenho do presidente Joe Biden no debate do mês passado colocou em perigo a sua campanha de reeleição.

O dólar – que ganharia se a política fiscal frouxa mantivesse os rendimentos dos títulos elevados – começou a subir em relação à maioria das outras moedas no início das negociações asiáticas, com o peso mexicano liderando a queda, enfraquecendo 0,3%. O Bitcoin subiu 8,6%, para US$ 62.508, atingindo seu maior valor em duas semanas, elevando seus ganhos acumulados no ano para 47%. Trump sempre se posicionou como um pró-criptomoedas e defendendo uma regulação mais frouxa.

É certo que ainda espaço para surpresas, faltando quase quatro meses para a campanha eleitoral nos EUA.O surgimento da violência política pode aprofundar a preocupação com a instabilidade nos EUA e empurrar os investidores para ativos seguros, segundo a Bloomberg. Embora os contratos futuros de títulos do Tesouro de 10 anos para setembro tenham mostrado queda no início das negociações na Ásia, os títulos do governo dos EUA tendem a subir quando os investidores buscam segurança temporária.

Outro ponto é que agora a discussão nos EUA é sobre o atentando contra Trump. A questão se Biden vai continuar na disputa ou não ficou em segundo plano, mas certamente irá voltar em algum momento

Para a Bloomberg, os investidores não esperam que a tentativa de assassinato de Trump inviabilize a trajetória do mercado de ações no longo prazo, mas é provável mais oscilações de preços no curto prazo.

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