Bolsa: ações que mais subiram são as que refletem o cenário doméstico (Germano Lüders/Exame Hoje)
Karla Mamona
Publicado em 19 de março de 2019 às 17h22.
Última atualização em 2 de junho de 2020 às 17h46.
São Paulo - A sessão da última segunda-feira entrou para história no mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, alcançou a marca dos 100 mil pontos pela primeira vez. Analistas acreditam que o rali deve continuar e o índice pode alcançar os 125 mil pontos até o final do ano.
O otimismo que inundou o mercado nos últimos meses foi reflexo da possibilidade de mudança de governo e na perspectiva de que seja feito o ajuste fiscal, por meio da reforma da Previdência, reforma tributária entre outros.
Desde às eleições presidenciais, com a vitória de Jair Bolsonaro, o Ibovespa acumula valorização de 15,65%. Entre as ações que mais subiram no período estão justamente as que refletem o cenário doméstico.
Álvaro Frasson, analista da Necton Corretora, explica que em um governo mais pró-mercado é esperado que haja um enxugamento da máquina pública e uma redução da atuação do governo nas empresas, por meio de privatizações. É o caso, por exemplo, da Eletrobras. As ações ordinárias da companhia já subiram mais de 60% desde outubro do ano passado.
Além disso, a mudança de governo impacta diretamente na governança corporativa das estatais, com a troca de comando e possíveis alterações nos planos de investimentos ou desinvestimentos. É o caso do Banco do Brasil. Todo este cenário fez com que o preço das ações saísse da casa dos 30 reais para 54 reais. O analista destaca que além da estatal, o setor bancário se beneficiou com a melhora da demanda local. "Com a melhora da economia, há um aumento da demanda por financiamento, os bancos ganham no volume e se beneficiam deste movimento."
A pedido do site EXAME a Economatica, provedora de informações financeiras, apontou as ações que mais valorizaram desde o segundo turno das eleições. Confira abaixo:
Empresa | Ticker da ação | Desempenho do dia 29 de outubro de 2018 a 15 de março de 2019 |
---|---|---|
CSN | CSNA3 | 75% |
Eletrobras | ELET3 | 65,46% |
GOL | GOLL4 | 62,07% |
Sabesp | SBSP3 | 54,59% |
Eletrobras | ELET6 | 53,98% |
JBS | JBSS3 | 52% |
Natura | NATU3 | 50,39% |
Engie Brasil | EGIE3 | 45,88% |
B2W | BTOW3 | 45,45% |
MRV | MRVE3 | 41,37% |
Bradesco | BBDC3 | 39,80% |
Bradesco | BBDC4 | 39,65% |
Smiles | SMLS3 | 38,11% |
Cosan | CSAN3 | 36,16% |
B3 | B3SE3 | 35,99% |
Energias BR | ENBR3 | 35,07% |
Ultrapar | UGPA3 | 33,69% |
Estácio | ESTAC3 | 33,29% |
Banco do Brasil | BBAS3 | 32,95% |
Telefonica | VIVT4 | 31,58% |