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As 10 ações que mais subiram e caíram em agosto

Mês foi de alta para a bolsa, mas matador para as empresas elétricas; Gafisa vive redenção


	Gafisa dispara 61% em agosto, mas ainda amarga queda de 1,7% em 2012
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Gafisa dispara 61% em agosto, mas ainda amarga queda de 1,7% em 2012 (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 14h23.

São Paulo – O mês de agosto foi de alta uma leve alta de 1,72% para a Bovespa. O tímido desempenho, contudo, esconde a alta volatilidade de alguns papéis e setores, principalmente o imobiliário (IMOB) e o de energia elétrica (IEE). O primeiro viu uma disparada de 9,95% e, o segundo, uma baixa de 5,57%. Foi um verdadeiro mês do cachorro louco para algumas tradicionais queridinhas dos dividendos do setor elétrico.

“Neste mês de agosto, as especulações de ações dos Bancos Centrais ficaram em voga. A cada dado econômico divulgado em algum dos principais mercados internacionais, as especulações aumentavam ou diminuíam, gerando diversas repercussões”, resume a equipe de análise da UM Investimentos em um relatório assinado por Ignacio Fravega e outros analistas.

A sexta-feira terminou sem o tão esperado anúncio de um novo estímulo econômico pelo presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke. As apostas agora se concentram para as próximas reuniões oficiais de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) – 6 de setembro - e do BC americano (Federal Reserve) – em 12 de setembro.

10 + do mês

As ações da Gafisa (GFSA3) dispararam 61,35% neste mês após a apresentação dos resultados do segundo trimestre e a diminuição do impacto da Tenda sobre o balanço da companhia. Para a surpresa dos analistas, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a 149 milhões de reais, bem a frente da expectativa consensual de 97 milhões de reais. Os números incentivaram uma forte disparada das ações na bolsa.

Código Empresa/Tipo Preço (R$) Variação (%)
GFSA3 Gafisa ON 4,05 61,35
BISA3 Brookfield ON 4,07 32,57
RSID3 Rossi ON 6,08 30,75
MRFG3 Marfrig ON 11,5 21,69
BTOW3 B2W ON 7,97 19,31
PDGR3 PDG Realty ON 3,95 15,84
USIM3 Usiminas ON 9,48 14,91
CYRE3 Cyrela Realty ON 16,51 11,55
OGXP3 OGX ON 6,3 11,5
DASA3 Dasa ON 12,81 11,39

O bom resultado é consequência da contribuição positiva da Tenda, que vinha dando prejuízos. A margem bruta teve um bom incremento também, de 27%, dado ao aumento na participação da Gafisa e de Alphaville na receita. Além disso, a empresa obteve uma geração de caixa operacional positiva de 231 milhões de reais no trimestre. Rumores também consideraram a possibilidade da venda da Tenda para o governo federal.

10 - do mês

O governo brasileiro está disposto a baixar as tarifas do setor elétrico, o que pode afetar a geração de caixa de parte das companhias. Além disso, uma Medida Provisória editada ontem deu calafrios às empresas que têm concessões para vencer em breve, como são os casos da Cesp, Cemig, Eletrobras e Transmissão Paulista (TRPL4). E foi justamente essa última companhia que mais agonizou na bolsa em agosto, com uma forte desvalorização de 21,6%.

Código Empresa/Tipo Preço (R$) Variação (%)
TRPL4 CTEEP PN 45,1 -21,63
OIBR4 OI PN 7,71 -18,48
OIBR3 Oi ON 9,15 -17,34
CESP6 CESP PNB 31,45 -15,34
BRAP4 Bradespar PN 26,5 -13,77
CPLE6 Copel PNB 36,39 -13,52
CMIG4 Cemig PN 34,65 -11,56
UGPA3 Ultrapar ON 43,4 -9,14
VALE3 Vale ON 33,78 -9,07
VALE5 Vale PNA 33,18 -8,85

O banco Santander estima uma redução média das tarifas em 13%. “Além disso, acreditamos numa redução de 35% nas tarifas de geração e distribuição cujas concessões estejam vencendo. Atualmente, as empresas que mais seriam afetadas negativamente por essa nova política de concessão do governo são Cesp, Eletrobras e Transmissão Paulista”, mostra a análise assinada por Leonardo Milane, estrategista de pessoa física.

“O fato é que o momento serviu como gatilho para a realização de lucros em todas as empresas do setor, pois a atual incerteza e a forte performance verificada nos últimos anos na comparação com o Ibovespa corroboraram essa decisão”, ressalta o analista da Ágora Corretora, Filipe Acioli.

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