Notícias sobre o Japão foram simultâneas com o encontro dos líderes da UE em Bruxelas, que esperam chegar a um acordo sobre as políticas econômicas contra dívidas (Reprodução/NHK)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2011 às 15h52.
Londres - As bolsas europeias fecharam em baixa, após o forte terremoto que atingiu o Japão hoje provocar intensa pressão de venda entre as ações do setor de seguros. O índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,9% a 275,42 pontos, nova mínima para 2011. O índice fecha a semana com perdas de 2,3%, refletindo a volta das preocupações com a dívida soberana na zona do euro e com a instabilidade no Norte da África e no Oriente Médio.
O índice FT-100, da Bolsa de Londres, terminou o dia em baixa de 16,62 pontos (0,28%), aos 5.828 pontos. Na semana, o índice acumula retração de 2,70%. O índice Xetra-DAX, da Bolsa de Frankfurt, cedeu 81,60 pontos (1,16%) e fechou aos 6.981 pontos; na semana, recuou 2,75%. O índice CAC-40, de Paris, terminou a sessão registrando perdas de 35,31 pontos (0,89%), aos 3.928 pontos; na semana, a queda chegou a 2,28%.
Em Madri, o índice IBEX 35 fechou em queda de 37,20 pontos (0,36%), aos 10.398 pontos; em Lisboa, o índice PSI-20 fechou em baixa de 21,32 pontos (0,27%), aos 7.896 pontos. Na semana, a Bolsa de Madri acumula queda de 0,96% e a Bolsa de Lisboa de 0,08%.
As ações da Munich Re caíram 4,3% e as da Hannover Re cederam 5,3%; as ações da Swiss Re recuaram 3,5% em Zurique e as da Scor SE caíram 5,17%.
Analistas da corretora Jefferies disseram em nota enviada para clientes que as perdas das seguradoras com o terremoto devem ser limitadas. A corretora diz que trabalha com a possibilidade de perdas de US$ 10 bilhões na indústria e que o impacto nos balanços das seguradoras e das companhias de resseguro deve ficar em cerca de 5%.
As notícias sobre o terremoto no Japão se sobrepuseram a um encontro dos líderes da zona do euro em Bruxelas (Bélgica), que esperam chegar a um ponto comum sobre uma ampla coordenação de políticas econômicas para fazer frente à crise de dívida europeia. Os líderes devem adotar um pacto para melhorar a competitividade na região e evitar que os países deixem o déficit público sair do controle. Eles devem discutir ainda o mecanismo de resgate posto em prática no ano passado. Desse encontro devem sair os parâmetros para a reunião de cúpula de 24 e 25 de março. As informações são da Dow Jones.