Após romper recorde dos 80 mil pontos, Ibovespa fecha em alta
O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,1% a 79.831 pontos, nova máxima de fechamento
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 18h58.
São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou em leve alta nesta terça-feira, mas não se manteve acima do recorde de 80 mil pontos alcançados mais cedo, em outro dia de entrada de recursos com a manutenção do cenário de otimismo no exterior e no Brasil.
O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,1 por cento, a 79.831 pontos, nova máxima de fechamento. O giro financeiro do pregão somou 8,84 bilhões de reais.
Na máxima da sessão, o índice foi a 80.246 pontos, com alta de 0,62 por cento, enquanto na mínima teve oscilação negativa de 0,11 por cento. No ano, o índice fechou em território negativo apenas em três dos 11 pregões até agora e acumula alta de 4,49 por cento, após subir quase 27 por cento em 2017.
Segundo operadores, um novo patamar importante a ser buscado para o Ibovespa após firmar-se nos 80 mil pontos será em torno de 81.500 pontos.
O cenário externo segue positivo, com dados mostrando fortalecimento da economia mundial sem pressão sobre a inflação e juros ainda baixos, favorecendo a busca por ativos de risco e ajudando a impulsionar a entrada de recursos para a bolsa.
"A gente está nesse meio de liquidez abundante... O mercado está nessa linha favorável e se mantém positivo aproveitando também que as perspectivas para economia aqui estão melhores e com os grandes eventos previstos, como votação da reforma da Previdência e eleições, ainda relativamente distantes", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.
O fluxo de investimento estrangeiro segue forte no início de 2018, com o saldo externo registrando entrada líquida de 3,584 bilhões de reais em nove pregões.
De maneira geral, o mercado mantém perspectiva otimista para a bolsa, apesar da volatilidade esperada ao longo deste ano com as eleições presidenciais.
"Quando a gente olha para os fundamentos econômicos, tem espaço pra mais alta (da bolsa)", disse o diretor-geral da Fator Administração de Recursos, Paulo Gala.
Destaques
- BRASKEM PNA avançou 3,25 por cento, após o Itaú BBA elevar a recomendação das ações para outperform, ante market perform, com preço-alvo de 55 reais.
- PETROBRAS PN subiu 1,73 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,79 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional e após a petrolífera informar que a sua produção média de petróleo no Brasil cresceu 0,4 por cento em 2017 e atingiu um novo recorde pelo quarto ano seguido, com 2,15 milhões de barris por dia (bpd).
- CIELO ON ganhou 3,07 por cento, em movimento de ajuste após fechar no vermelho nos cinco pregões anteriores, período em que acumulou perda de 5 por cento.
- EMBRAER ON teve baixa de 0,85 por cento, revertendo os ganhos de mais cedo, quando chegou a subir 1,14 por cento. A empresa divulgou dados de entrega de aviões no quarto trimestre, com 23 jatos comerciais e 50 executivos. No ano, as entregas totais somaram 210 jatos, sendo 101 comerciais e 109 executivos. Para o BTG Pactual, a Embraer ficou dentro do guidance para 2017 e caminha para atingir a projeção de receita em 2017, de 5,7 bilhões a 6,1 bilhões de dólares.
- VALE ON caiu 2,69 por cento, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China.
- MULTIPLAN ON caiu 2,99 por cento, após a empresa informar dados preliminares do quarto trimestre, com alta de 4,9 por cento nas vendas ante igual período de 2016. No conceito mesmas lojas, o aumento foi de 2,7 por cento. Para o Credit Suisse, os dados sinalizam volatilidade na recuperação das vendas e são um pouco negativos, uma vez que após dados sólidos no segundo e terceiro trimestres a expectativa era por aumento um pouco maior de vendas.