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Após pânico da última semana, bolsas sobem na Ásia

Anúncio do banco central chinês, de mudanças em taxas de juros, para reduzir os custos foi bem recebido por analistas e investidores

Bolsa de Xangai: índice fechou em alta nesta segunda-feira, com ganho de 2,1% (Wang Gang/VCG/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 06h22.

Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 13h20.

Após uma semana de pânico nas bolsas globais, com o Ibovespa caindo mais de 4% em cinco dias, as atenções se voltam mais uma vez para a China nesta segunda-feira. A tensão dos últimos dias parece ter dissipado — ao menos em parte.

Na frente política, Hong Kong foi palco de um dos maiores protestos das últimas semanas, com mais de 1,7 milhão de manifestantes nas ruas distribuindo flores e presentes a policiais, turistas e moradores.

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A polícia calculou em 130.000 o número máximo de manifestantes. Eles pedem pela extinção definitiva de uma lei que permite extradição para a China , mas também a manutenção de liberdades sociais e econômicas e o fim da violência policial.

Em uma entrevista nesta segunda-feira, um dos líderes dos protestos disse esperar que as demandas sejam atendidas, a fim de que as manifestações não precisem continuar. O The Global Times, um jornal do governo chinês, atribuiu a mudança de tom nos protestos à presença de forças chinesas próximas à fronteira com Hong Kong.

Seja como for, a mudança de tom nas manifestações, sem fechamento de aeroporto e sem as cenas de violência das últimas semanas, é sinal de uma aparente volta da ordem à ilha que serve de ligação financeira da China com o ocidente.

No campo econômico, um anúncio do banco central chinês, de mudanças em taxas de juros internas para reduzir os custos a empresas locais foi bem recebido por analistas e investidores na Ásia.

A avaliação é que o governo chinês demonstrou que seguirá atuando para evitar novas reduções nas projeções de crescimento econômico do país. A bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,7%; a de Xangai, de 2,1%; a de Hong Kong subiu 2,17%.

A grande questão ainda em aberto é o quanto uma guerra comercial da China com os Estados Unidos levará o mundo para uma recessão — e que medidas os governos tomarão para evitar que cheguemos a este ponto.

Neste domingo, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que conversou sobre tarifas com o presidente da Apple, Tim Cook (a quem ele recentemente se referiu como Time “Apple”). Segundo Trump, Cook afirmou que uma nova leva de tarifas sobre 300 bilhões de dólares de produtos chineses tende a prejudicar a Apple a favorecer a coreana Samsung, que ficaria de fora da contenda.

Trump também voltou a afirmar que seu país não caminha para uma recessão, e que “não está pronto ainda” para um acordo comercial com a China.

Mais resoluto, o governo alemão anunciou no domingo um pacote de 50 bilhões de euros em investimentos para a economica. Por aqui, a saída do ministro da Economia argentino, Nicolás Dujovne, em discordância com o pacote populista de Mauricio Macri, deve ampliar as incertezas regionais.

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