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Após forte alta em abril, para onde vai o Ibovespa em maio?

Ontem, o índice Ibovespa fechou em queda de 2,02%, em 78.876 pontos, num sinal de que a volatilidade deve dar o tom nas próximas semanas

AVISO: ISSO É UM AEROPORTO (Rahel Patrasso/Reuters)

Felipe Giacomelli

Publicado em 5 de maio de 2020 às 07h00.

Última atualização em 5 de maio de 2020 às 07h04.

Após um mês de abril de fortes altas em bolsas mundo afora, compensando em parte as perdas recordes de março, para onde vão os mercados em maio? Esta pergunta deve voltar a dominar a atenção de investidores nesta terça-feira.

Ontem, o índice Ibovespa fechou em queda de 2,02%, em 78.876 pontos, e o dólar subiu 1,6%, para 5,52 reais. Predominou por aqui o pessimismo internacional com a volta da queda de braço entre o presidente americano, Donald Trump, e a China, ameaçada por ele de novas tarifas por ter supostamente ter fabricado o coronavírus em laboratório.

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O cenário internacional continuará volátil, alternando o otimismo com a reabertura nos Estados Unidos e na Europa com o choque de realidade com números trágicos que ainda surgirão na economia. No Brasil, a volatilidade tem uma pimenta a mais, o risco político gerado pela falta de alinhamento entre união e estados, e entre governo, congresso e judiciário. A alta ainda expressiva nos casos de coronavírus, que ganhou destaque até no Wall Street Journal, deve manter em isolamento São Paulo e Rio de Janeiro, impactando ainda mais a economia.

Nesta terça-feira de feriado em países como China e Japão, as bolsas asiáticas como Hong Kong fecharam em alta justamente com a previsão de que o pior já passou em alguns países, e que o consumo de petróleo pode voltar a subir. Após queda de mais de 3% ontem, índices europeus como o Stoxx 600 subiam mais de 1% até as 7h de hoje (horário de Brasília).

No Brasil, começa nesta terça-feira mais uma reunião do Comitê de Política Monetária para definir a nova taxa básica de juros, numa das decisões menos importantes dos últimos tempos. Não há muito a ser feito para incentivar o investimento e o consumo a não ser respostas coordenadas para reduzir de vez a ameaça do coronavírus. Sem confiança de que o pior passou, a economia não reage -- e as bolsas devem continuar um dia para lá, outro para cá.

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