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Após bater R$ 3,05, dólar passa a operar estável com compras

Às 12:20, a moeda americana recuava 0,07 por cento, a 3,0683 reais na venda, depois bater 3,0510 reais na mínima do dia

Dólar também recuou no Brasil com o cenário um pouco mais positivo para a economia brasileira (Getty Images/Getty Images)

Dólar também recuou no Brasil com o cenário um pouco mais positivo para a economia brasileira (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 12h44.

São Paulo - Após bater 3,05 reais, animado pela sinalização do banco central norte-americano de que não deve elevar juros tão cedo, o dólar passou a ser negociado praticamente estável nesta quinta-feira, com investidores indo às compras para aproveitar a baixa cotação.

Às 12:20, o dólar recuava 0,07 por cento, a 3,0683 reais na venda, depois bater 3,0510 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha leve queda de cerca de 0,02 por cento.

"Além de o mercado achar que o Fed não deve subir o juro agora em março, o BC brasileiro cortou a Selic, o que ajuda a impulsionar a economia e deixa investidores satisfeitos", comentou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

Na véspera, a ata do último encontro do Federal Reserve mostrou que muitos membros do colegiado disseram ser apropriado aumentar os juros "em breve", caso os dados de emprego e inflação estejam alinhados com as expectativas. O Fed se reúne novamente para tratar de política monetária nos dias 14 e 15 de março.

Entre os membros com direito a voto, no entanto, havia muito menos urgência de aumentar as taxas, com muitos vendo apenas "risco modesto" de que a inflação aumentaria significativamente e que o Fed "provavelmente teria tempo suficiente" para responder se surgissem pressões sobre os preços.

Dessa forma, os investidores ganharam tempo para deixar seus recursos aplicados em outras praças, como a brasileira. Juros maiores pelo Fed têm potencial para atrair recursos à maior economia do mundo.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O dólar também recuou no Brasil com o cenário um pouco mais positivo para a economia brasileira, após o BC reduzir a taxa básica de juros na noite passada em 0,75 ponto percentual, a 12,25 por cento, e deixar a porta aberta para acelerar o passo em breve.

Além disso, mesmo com os cortes, a Selic ainda é a maior taxa do mundo, segundo a corretora Infinity, o que mantém a atratividade do mercado brasileiro aos investidores.

O BC vendeu o lote integral de 6 mil swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- nesta sessão, rolando apenas parte (equivalente a 2,4 bilhões de dólares) dos 6,954 bilhões de dólares em swaps que vencem em março. A autoridade não costuma fazer leilões no último pregão do mês que, por causa do Carnaval, acontece nesta sexta-feira.

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