Apesar de ameaças de Trump, siderúrgicas sobem na Bolsa
Aumento de tarifa sobre aço brasileiro tem efeitos limitados, segundo economista
Guilherme Guilherme
Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 11h13.
São Paulo - Descontente com a desvalorização do real , que aumenta a competitividade de exportadoras brasileiras, o presidente americano, Donald Trump , usou sua conta do Twitter para ameaçar impor tarifas sobre aço e alumínio do Brasil e da Argentina. Porém, a postagem na rede social feita na manhã desta segunda-feira (2), teve pouco ou nenhum efeito sobre as ações de siderúrgicas .
Embora os papéis da Gerdau , CSN e Usiminas tenham aberto o pregão em queda, as ações passaram a se valorizar ainda na primeira hora de pregão - com exceção da empresa mineira, que recuava 1% às 10h50. Já a Gerdau e CSN subiam 0,3% e 1,5%, respectivamente.
Os papéis da Vale , que têm o maior peso no Ibovespa entre as companhias do setor, abriram em alta. E por volta das 10h50, a companhia subia 1,72%, sustentando a alta de 0,73% do principal índice da Bolsa.
Segundo o economista-chefe do banco digital Modalmais, Álvaro Bandeira, um possível aumento das tarifas seria negativo para o setor, “embora os EUA não sejam os melhores clientes do Brasil.”
Em relatório a clientes, o economista-chefe da Necton, André Perfeito, afirmou que Trump não entende a desvalorização da moeda brasileira e o aumento da tarifa pode ser “desastroso”.”Quando fazem restrições às exportações de um país ele acaba desvalorizando a moeda daquele país”, escreveu.