Mercados

Analistas recomendam cuidado com ações da Petrobras

Segundo analistas, estatal deve continuar sendo vítima da agenda política e econômica do país


	Tripulação trabalha em uma plataforma de petróleo da Petrobras: companhia divulgou resultados sem grandes surpresas no trimestre
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Tripulação trabalha em uma plataforma de petróleo da Petrobras: companhia divulgou resultados sem grandes surpresas no trimestre (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 17h53.

São Paulo - Analistas de dois grandes bancos estrangeiros, Citibank e Credit Suisse, recomendam cautela aos investidores com relação às ações da Petrobras.

Depois de divulgar resultados sem grandes surpresas no primeiro trimestre, a estatal deve continuar sendo vítima da agenda política e econômica do país.

Segundo os analistas Pedro Medeiros e Fernando Valle, que assinam relatório enviado a clientes pelo Citibank, o desempenho das ações da Petrobras nos próximos meses terá pouca relação com os números que a companhia mostrar.

Eles afirmam que os resultados do primeiro trimestre vieram “dentro do esperado”, mas ressaltam que a “alta de 16% no preço dos papéis desde abril, enquanto o Ibovespa subiu apenas 7%, esteve ligada às especulações em torno dos resultados das pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais”.

Nas últimas semanas, as ações da Petrobras estiveram entre as mais favorecidas após a divulgação de pesquisas mostrando queda da presidente Dilma Rousseff e recuperação do pré-candidato do PSDB à presidência, senador Aécio Neves.

Os investidores têm dado sinais claros de que sua leitura para o cenário é que uma vitória da oposição seria mais amigável para o mercado, com menos intervenções nas empresas estatais.

Conforme destacam os analistas do Credit Suisse Vinicius Canheu e Andre Sobreira, a estatal mostrou alguns números desapontadores, como o aumento de R$ 8 bilhões na dívida líquida, resultado de um fluxo de caixa negativo de R$ 10 bilhões.

Além disso, a receita líquida, apesar de impactada positivamente pela valorização do real frente ao dólar, caiu 24%. “Não esperamos muita movimentação no preço dos papéis após esses números”, diz relatório do Credit enviado a clientes.

Tanto Citibank quanto Credit Suisse têm recomendação “neutral”, ou de manutenção, para as ações da Petrobras.

No pregão de hoje, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da estatal sobem 2,10% perto do fechamento, e os papéis preferenciais (PN, sem voto) têm 1,81% de valorização.

O Índice Bovespa caminha para fechar o dia em alta de 1,66%, aos 53.980 pontos, ajudado justamente pela alta dos papéis da Petrobras.

Petrobras

Acompanhe tudo sobre:analises-de-acoesB3bolsas-de-valoresCapitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Mercados

“Não tente acertar o futuro”: a lição de Howard Marks a investidores brasileiros

“Continuamos acreditando que o governo vai fazer o certo”, diz CEO do Santander

Ibovespa vira e fecha em queda pressionado por NY

Balanço do Santander, PMI dos EUA e da zona do euro, Tesla e Campos Neto: o que move o mercado

Mais na Exame