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Alívio no cartão; Cielo +4,98%…

Bolsa: sobe com o BC Após anúncio do Banco Central sobre as medidas para melhora do mercado de crédito no Brasil, os investidores viram o pacote de forma positiva e o Ibovespa subiu 0,83%, fechando com 57.582 pontos. A alta foi impulsionada pelas ações do bancos, que subiram com o conjunto de medidas anunciadas. As ações do […]

BANCO CENTRAL (Ueslei Marcelino/Reuters)

BANCO CENTRAL (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 17h54.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h44.

Bolsa: sobe com o BC

Após anúncio do Banco Central sobre as medidas para melhora do mercado de crédito no Brasil, os investidores viram o pacote de forma positiva e o Ibovespa subiu 0,83%, fechando com 57.582 pontos. A alta foi impulsionada pelas ações do bancos, que subiram com o conjunto de medidas anunciadas. As ações do banco Itaú, que estiveram entre as mais negociadas no dia, fecharam em alta de 2,55%, assim como as do banco Bradesco, que subiram 2,16%. Banco do Brasil e Santander também tiveram alta de 1,63% e 1,25%, respectivamente. O dólar fechou o dia em queda de 0,83% devido ao volume de negócios mais reduzido no final do ano. A moeda americana terminou o dia cotada em 3,34 reais para venda.

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O anúncio do BC

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, anunciou hoje as medidas para aumento do crédito no Brasil, tão especuladas nos últimos dias. “Não são necessariamente medidas de curto prazo. São ações, não são pacotes. Nossa busca é gerar benefícios sustentáveis para a sociedade”, disse. Entre as medidas anunciadas, destaque para a diferenciação de pagamentos realizados à vista ou a prazo, o que não era permitido antes. Outro anúncio é que as máquinas de cartão agora devem ser compatíveis com todas as bandeiras, evitando a exclusividade. O BC também pretende aumentar a educação financeira por meio de parcerias com cooperativas de crédito e uso de tecnologia, como aplicativos de acompanhamento financeiro. Além disso, o banco estuda uma proposta de lei para estabelecer a própria autonomia operacional, administrativa e orçamentária.

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Alívio no cartão

Depois do rebuliço causado na segunda-feira em relação à mudança nas datas de repasse do cartão de crédito aos lojistas, empresas de formas de pagamento, como a Cielo, e fintechs, como o Nubank, respiram aliviados. As ações da Cielo subiram 4,98%, uma das maiores altas do pregão. O Nubank, maior fintech brasileira, também está mais tranquilo depois de Ilan Goldfajn, presidente do BC, não ter detalhado o assunto em coletiva de imprensa e dizer que vai tratar essa questão e a do crédito rotativo do cartão de crédito no futuro. Em novo comunicado, a fintech disse como seria atingida pela mudança, que a levaria à falência.

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Uber no vermelho

O aplicativo de caronas pagas Uber teve um prejuízo estimado de mais de 800 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano. A informação é da agência de notícias Bloomberg, que citou uma fonte interna à empresa. A perda é maior do que aquela registrada no segundo trimestre, quando, segundo notícias, o Uber teve um prejuízo de 750 milhões de dólares. No primeiro trimestre, as perdas foram de 500 milhões. Apesar disso, a receita líquida da companhia cresceu para 1,7 bilhão de dólares, ante 1,1 bilhão no trimestre anterior.

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Oi sem perdão

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que o governo não concederá perdão à dívida pública da telefônica Oi, que passa por um processo de recuperação judicial de 65 bilhões de reais. Os débitos da Oi com o governo giram em torno de 20 bilhões, já contabilizadas as multas devidas. Apesar disso, Kassab não descartou a hipótese de que a dívida seja paga com investimentos da Oi no setor de telefonia — medida que é fortemente criticada pela oposição ao governo Temer. “Desde que seja positivo para o Tesouro, para o governo e para o país e que haja contrapartidas muito expressivas, eu acho que é correto analisar”, disse. As ações ordinárias da Oi fecharam o dia em alta de 0,75%.

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Arrecadação sobe, mas ainda é baixa

Em novembro, a arrecadação do governo federal alcançou o patamar de 102,2 bilhões de reais, um crescimento real de 0,11% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o valor havia sido de 95,5 bilhões. É o segundo mês consecutivo de crescimento na arrecadação depois do resultado positivo de outubro, que veio com o acréscimo financeiro da repatriação de divisas, resultando em um aumento de 33,15% em relação a outubro do ano passado. Apesar da nova alta, a arrecadação acumulada de janeiro a novembro foi de 1,16 trilhão de reais, o pior resultado para os 11 primeiros meses do ano desde 2010 e 3,16% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

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