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Alerta de lucro menor derruba Walmart, Amazon e Target no after market

Ações da varejista registravam queda de 10% após a sessão regular de mercado

Walmart: inflação de alimentos e combustíveis faz americano colocar pé no freio na hora de gastar (Getty Images/Getty Images)

Walmart: inflação de alimentos e combustíveis faz americano colocar pé no freio na hora de gastar (Getty Images/Getty Images)

GV

Graziella Valenti

Publicado em 25 de julho de 2022 às 22h15.

Última atualização em 25 de julho de 2022 às 22h16.

A rede de varejo Walmart (WMT), uma gigante que no ano passado teve receita líquida de quase US$ 570 bilhões e lucro líquido de US$ 13,5 bilhões, deu más notícias aos investidores nesta segunda-feira, 25, após o fechamento do mercado. A companhia, que estimava uma redução simbólica de 1% em seu lucro operacional para 2022, agora atualizou as projeções para uma queda entre 11% e 13%. Considerando apenas o trimestre, o alerta é para um tombo ainda maior, de 13% a 14%.

Trata-se do segundo alerta em 10 semanas, o que demonstra uma deterioração do ambiente macroeconômico americano, como o mercado tanto temia. Como era de se esperar, os investidores não esperaram a reabertura amanhã para começar a ajustar os preços em bolsa. Os papéis caíam 10% no after market.

De acordo com a empresa, a redução esperada se deve ao cenário de inflação que está levando os consumidores a colocarem o pé no freio na hora de gastar. “O aumento nos níveis de inflação para alimentos e combustíveis está afetando a forma como a população gasta seu dinheiro”, nas palavras de Doug McMillon, CEO da rede.

A novidade está pesando também sobre os papéis da Target e da Amazon, que mostram queda nas cotações de 5% e 4%, respectivamente. O efeito contágio vem não só das novas expectativas, mais pessimistas, mas do contexto econômico do país, e do mundo.

Burt Flickinger, diretor do Strategic Resource Group, ao comentar a novidade. “As varejistas [americanas] vão enfrentar um desastre de trem”, comentou ele, sobre o desempenho neste ano, de acordo com a agência de notícias Reuters. Dados do U.S. Census Bureau mostram que em abril as companhias de varejo estavam com seus estoques nos níveis mais elevados desde o ano 2.000.

Segundo McMillon, apesar de o Walmart estar conseguindo “progresso” na redução dos estoques de algumas categorias de bens duráveis, como utensílios e eletrodomésticos, por meio de alguns ajustes de preços, está tendo de fazer contínuas remarcações em roupas, por exemplo.

A combinação de preços menores, para queima de estoque, e menor demanda, podem fazer, segundo a companhia, com as que as vendas nos Estados Unidos caíam mais do os 6% esperados.

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