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Ainda sob impacto do PIB, juros futuros recuam

Os de vencimento próximo, mais atrelados à política monetária de curto prazo, recuaram de forma mais modesta

Bolsas: os juros de vencimento próximo, mais atrelados à política monetária de curto prazo, recuaram de forma mais modesta (seewhatmitchsee/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 16h52.

São Paulo - Os juros futuros confirmaram no fechamento dos negócios nesta quarta-feira, 2, o movimento de queda que embalou as taxas desde o início da sessão.

Ainda sob o impacto dos números muito negativos do Produto Interno Bruto ( PIB ) anunciados ontem pelo IBGE, houve devolução de prêmios ao longo de toda a curva, um pouco mais expressiva nos contratos de longo prazo.

Os de vencimento próximo, mais atrelados à política monetária de curto prazo, recuaram de forma mais modesta.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, alguns estavam nas mínimas. O DI abril de 2016 projetava 14,580% (mínima), de 14,620% no ajuste de ontem, e o DI janeiro de 2017 estava em 15,66%, de 15,74% ontem.

Nos mais longos, o DI janeiro de 2021 encerrou em 15,68%, de 15,80% no ajuste desta terça-feira.

Segundo fontes nas mesas de renda fixa, diante da perspectiva de aprovação da mudança da meta fiscal de 2015 pelo Congresso ainda hoje, o que pode destravar o orçamento, as taxas deram sequência à trajetória de baixa da sessão anterior.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), está lidando nesta tarde com os trâmites burocráticos para iniciar a votação da mudança da meta fiscal de um superávit de 1,1% do PIB de 2015 para déficit de 2%.

Vários requerimentos que poderiam travar a votação já foram rejeitados.

Porém, na Câmara, a bancada do PT fechou questão a favor da admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética.

Em tese, isso elevaria o risco de Cunha aceitar um dos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

As mínimas foram atingidas na reta final dos negócios, na medida em que o dólar voltava a se firmar em baixa.

Neste sentido, também ajudou a informação da presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), de que não terá sucesso a tentativa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de apresentar uma emenda para a mudança da meta fiscal de um superávit 0,7% do PIB prevista para 2016.

O senador Jucá quer que a meta de 0,7% seja alterada para um superávit zero.

O dólar, uma das principais referências para a direção dos contratos de juros, mostrou volatilidade nesta terça-feira. No início da tarde, a moeda chegou a inverter a queda ante o real, levando os juros a encostar nos ajustes, principalmente os vencimentos curtos e intermediários.

Ao mesmo tempo, a oscilação deste trecho da curva esteve limitada pela expectativa dos agentes pela divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada.

O colegiado manteve a Selic em 14,25%, mas enxugou o comunicado em relação ao do encontro anterior, o que foi lido como um viés de alta para a taxa básica.

A dissidência na votação - dois diretores defenderam um aumento de 0,50 ponto porcentual - igualmente foi considerada um sinal mais conservador para a política monetária.

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São Paulo - Os juros futuros confirmaram no fechamento dos negócios nesta quarta-feira, 2, o movimento de queda que embalou as taxas desde o início da sessão.

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Os de vencimento próximo, mais atrelados à política monetária de curto prazo, recuaram de forma mais modesta.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, alguns estavam nas mínimas. O DI abril de 2016 projetava 14,580% (mínima), de 14,620% no ajuste de ontem, e o DI janeiro de 2017 estava em 15,66%, de 15,74% ontem.

Nos mais longos, o DI janeiro de 2021 encerrou em 15,68%, de 15,80% no ajuste desta terça-feira.

Segundo fontes nas mesas de renda fixa, diante da perspectiva de aprovação da mudança da meta fiscal de 2015 pelo Congresso ainda hoje, o que pode destravar o orçamento, as taxas deram sequência à trajetória de baixa da sessão anterior.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), está lidando nesta tarde com os trâmites burocráticos para iniciar a votação da mudança da meta fiscal de um superávit de 1,1% do PIB de 2015 para déficit de 2%.

Vários requerimentos que poderiam travar a votação já foram rejeitados.

Porém, na Câmara, a bancada do PT fechou questão a favor da admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética.

Em tese, isso elevaria o risco de Cunha aceitar um dos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

As mínimas foram atingidas na reta final dos negócios, na medida em que o dólar voltava a se firmar em baixa.

Neste sentido, também ajudou a informação da presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), de que não terá sucesso a tentativa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de apresentar uma emenda para a mudança da meta fiscal de um superávit 0,7% do PIB prevista para 2016.

O senador Jucá quer que a meta de 0,7% seja alterada para um superávit zero.

O dólar, uma das principais referências para a direção dos contratos de juros, mostrou volatilidade nesta terça-feira. No início da tarde, a moeda chegou a inverter a queda ante o real, levando os juros a encostar nos ajustes, principalmente os vencimentos curtos e intermediários.

Ao mesmo tempo, a oscilação deste trecho da curva esteve limitada pela expectativa dos agentes pela divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada.

O colegiado manteve a Selic em 14,25%, mas enxugou o comunicado em relação ao do encontro anterior, o que foi lido como um viés de alta para a taxa básica.

A dissidência na votação - dois diretores defenderam um aumento de 0,50 ponto porcentual - igualmente foi considerada um sinal mais conservador para a política monetária.

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