Agosto não é um bom mês para moedas do mercado emergente
As moedas dos mercados emergentes caíram em sete dos últimos dez meses de agosto
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 18h42.
As moedas dos países em desenvolvimento tiveram um ótimo período desde o rescaldo do voto pelo Brexit e registraram um avanço nos últimos 30 dias, aproximadamente, que só foi superado uma vez em quatro anos e meio.
Agora, os ganhos podem estar perto de chegar a um fim abrupto -- tudo por causa de uma peculiaridade histórica.
As moedas dos mercados emergentes caíram em sete dos últimos dez meses de agosto.
É quase impossível saber por que isso aconteceu: a Aviva diz que isso é uma “coincidência”, mas outros atribuem esse efeito ao fato de os investidores reduzirem a posse de ativos considerados mais arriscados caso estejam de férias.
“Este efeito de agosto é uma dessas coisas estranhas que parecem acontecer todos os anos, e qualquer fator que esteja impulsionando o mercado é intensificado pelo baixo volume de trading”, disse Win Thin, estrategista-chefe de moedas do mercado emergente na Brown Brothers Harriman & Co. em Nova York.
Este mês pode ser particularmente arriscado para as moedas dos países em desenvolvimento, sendo que a Olimpíada do Rio afastará mais traders de suas mesas e o aumento de ataques terroristas poderá movimentar os mercados.
As moedas mais vulneráveis são o real e o rand sul-africano, que deverão registrar as maiores perdas até o final do ano entre 24 pares monitorados pela Bloomberg depois de estarem entre as três com maior avanço frente ao dólar em 2016.
O índice MSCI Emerging Markets Currency caiu uma média de 0,9 por cento no mês de agosto durante a última década, vinculando-o ao pior mês junto com novembro. A liquidez no trading cambial caiu em seis dos últimos dez meses de agosto, de acordo com dados do Bank of America. O índice subiu 0,3 por cento na segunda-feira.
Forças contrárias
As moedas do mercado emergente subiram em 2016, e o índice do MSCI subiu 5,6 por cento, caminhando para seu primeiro avanço anual em quatro anos.
Mais de metade desses ganhos -- cerca de 3,2 por cento -- ocorreu a partir de 27 de junho, quando os mercados começaram a se recuperar da surpreendente decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.
Excetuando-se o salto de 5,2 por cento em março, esse avanço é melhor do que qualquer ganho em um único mês desde janeiro de 2012.
Assim como as ações internacionais, as moedas registraram alta devido à especulação de que os bancos centrais adicionarão mais estímulos para combater as consequências econômicas do Brexit.
Esses ganhos poderiam estar prestes a perder força, não apenas em agosto, mas no longo prazo. Embora o comunicado sobre política monetária publicado no dia 27 de julho pelo Federal Reserve dos EUA tenha tentado sufocar a especulação em torno de um aumento iminente dos juros nesse país, as autoridades também melhoraram sua avaliação da economia.
Outras forças contrárias a considerar são as quedas de preço do petróleo e das commodities.
Nem todos estão tão pessimistas. Thin, da Brown Brothers, disse que a perspectiva de adiamento do aumento dos juros dos EUA, que impulsiona o dólar, pelo menos dá aos investidores “uns poucos meses de otimismo com as moedas do mercado emergente” após uma queda forte em agosto.
As moedas dos países em desenvolvimento tiveram um ótimo período desde o rescaldo do voto pelo Brexit e registraram um avanço nos últimos 30 dias, aproximadamente, que só foi superado uma vez em quatro anos e meio.
Agora, os ganhos podem estar perto de chegar a um fim abrupto -- tudo por causa de uma peculiaridade histórica.
As moedas dos mercados emergentes caíram em sete dos últimos dez meses de agosto.
É quase impossível saber por que isso aconteceu: a Aviva diz que isso é uma “coincidência”, mas outros atribuem esse efeito ao fato de os investidores reduzirem a posse de ativos considerados mais arriscados caso estejam de férias.
“Este efeito de agosto é uma dessas coisas estranhas que parecem acontecer todos os anos, e qualquer fator que esteja impulsionando o mercado é intensificado pelo baixo volume de trading”, disse Win Thin, estrategista-chefe de moedas do mercado emergente na Brown Brothers Harriman & Co. em Nova York.
Este mês pode ser particularmente arriscado para as moedas dos países em desenvolvimento, sendo que a Olimpíada do Rio afastará mais traders de suas mesas e o aumento de ataques terroristas poderá movimentar os mercados.
As moedas mais vulneráveis são o real e o rand sul-africano, que deverão registrar as maiores perdas até o final do ano entre 24 pares monitorados pela Bloomberg depois de estarem entre as três com maior avanço frente ao dólar em 2016.
O índice MSCI Emerging Markets Currency caiu uma média de 0,9 por cento no mês de agosto durante a última década, vinculando-o ao pior mês junto com novembro. A liquidez no trading cambial caiu em seis dos últimos dez meses de agosto, de acordo com dados do Bank of America. O índice subiu 0,3 por cento na segunda-feira.
Forças contrárias
As moedas do mercado emergente subiram em 2016, e o índice do MSCI subiu 5,6 por cento, caminhando para seu primeiro avanço anual em quatro anos.
Mais de metade desses ganhos -- cerca de 3,2 por cento -- ocorreu a partir de 27 de junho, quando os mercados começaram a se recuperar da surpreendente decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.
Excetuando-se o salto de 5,2 por cento em março, esse avanço é melhor do que qualquer ganho em um único mês desde janeiro de 2012.
Assim como as ações internacionais, as moedas registraram alta devido à especulação de que os bancos centrais adicionarão mais estímulos para combater as consequências econômicas do Brexit.
Esses ganhos poderiam estar prestes a perder força, não apenas em agosto, mas no longo prazo. Embora o comunicado sobre política monetária publicado no dia 27 de julho pelo Federal Reserve dos EUA tenha tentado sufocar a especulação em torno de um aumento iminente dos juros nesse país, as autoridades também melhoraram sua avaliação da economia.
Outras forças contrárias a considerar são as quedas de preço do petróleo e das commodities.
Nem todos estão tão pessimistas. Thin, da Brown Brothers, disse que a perspectiva de adiamento do aumento dos juros dos EUA, que impulsiona o dólar, pelo menos dá aos investidores “uns poucos meses de otimismo com as moedas do mercado emergente” após uma queda forte em agosto.