São Paulo – A corretora Ágora alterou a recomendação das ações da BM&FBovespa (BVMF3) de compra para manutenção e rebaixou o preço-alvo para dezembro de 2011 de 16,40 para 15 reais, informa relatório publicado nesta quarta-feira (27). O menor otimismo nas perspectivas para os papéis reflete o aumento das despesas operacionais, que devem impactar nos resultados da companhia, afirmam os analistas Marcelo Melo e Álvaro Bandeira. 

A estimativa de lucro para a bolsa nos próximos dois anos também foi revisada para baixo: o lucro ajustado por benefícios fiscais em 2011 caiu 3,4%, para 1,979 bilhão de reais, e 4,7% em 2012, para e 2,320 bilhões de reais. “As mudanças têm como principal fundamento a percepção de que as despesas operacionais poderão ser maiores do que as anteriormente estimadas”, relatam os analistas.

Na visão da corretora, as previsões para as principais variáveis que condicionam as receitas ficaram essencialmente inalteradas, mas por conta dos aumentos previstos para as despesas, os fluxos de caixa futuros foram penalizados. “Isto leva a um menor valor presente e, por conseqüência, à redução citada do preço-alvo”, diz o relatório.

A previsão de fôlego menor para os papéis também levou à exclusão da BVMF3 da carteira recomendada da corretora, classificada como “ arrojada”. Segundo relatório, “o upside conservador nos leva a excluir a alocação do ativo nas carteiras”. A posição da bolsa foi preenchida pela ação ordinária da Lupatech (LUPA3).

“Optamos por uma aposta numa ação com Beta superior a 1 e com uma expectativa de crescimento relevante do Ebitda em 2011 e 2012”. A forte canalização dos projetos do pré-sal é uma das vantagens competitivas da Lupatech, que passou a fazer parte das top picks da corretora.  O peso da BVMF3 foi mantido na carteira de dividendos.