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Ações sofrem efeitos da estratégia de Dilma para crescimento

Gestores estrangeiros venderam US$ 2,6 bi em ações nos últimos dois meses, a maior saída de capital na bolsa desde a quebra do Lehman Brothers Holdings em 2008

Dilma não convenceu os investidores de que suas decisõs farão a maior economia da América Latina se expandir rápido o suficiente para elevar o valor das ações (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 09h11.

São Paulo - Os esforços da presidente Dilma Rousseff para melhorar a vida dos 200 milhões de brasileiros estão custando caro às maiores companhias do País. Seus lucros caíram 52 por cento, seus múltiplos no mercado de ações dobraram e investidores estrangeiros afastaram-se da bolsa.

Gestores estrangeiros de recursos venderam US$ 2,6 bilhões em ações nos últimos dois meses, a maior saída de capital na bolsa desde a quebra do Lehman Brothers Holdings Inc. em 2008, segundo dados da BM&FBovespa SA e da Bloomberg.

A relacão preço- lucros do Ibovespa saltou de 9 em setembro de 2011 para 19 e alcançou um prêmio de 36 por cento em relação ao índice MSCI All-Country World Index, maior diferença em nove anos.

Dilma não convenceu os investidores de que suas decisõs de reduzir a tarifa de energia elétrica, diminuir os custos do crédito ao consumidor, limitar os reajustes dos combustíveis e aumentar a concorrência na telefonia móvel farão a maior economia da América Latina se expandir rápido o suficiente para elevar o valor das ações.

Enquanto a relação preço-lucros normalmente sobe quando o aumento da confiança do investidor impulsiona as ações, os múltiplos no Brasil aumentaram porque os lucros caíram no maior ritmo desde 2002.

As intervenções do governo “tornam nebulosas as perspectivas para setores como energia, telecomunicações e financeiro”, disse Phil Langham, que administra US$ 1,4 bilhão em ativos no RBC Emerging Markets Equity Fund de Londres e que mantém menos ações de empresas brasileiras do que as representadas no índice. “Este tem sido um governo intervencionista e isso não deve mudar”, disse ele em entrevista por telefone em 1 de novembro.

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Gestores estrangeiros de recursos venderam US$ 2,6 bilhões em ações nos últimos dois meses, a maior saída de capital na bolsa desde a quebra do Lehman Brothers Holdings Inc. em 2008, segundo dados da BM&FBovespa SA e da Bloomberg.

A relacão preço- lucros do Ibovespa saltou de 9 em setembro de 2011 para 19 e alcançou um prêmio de 36 por cento em relação ao índice MSCI All-Country World Index, maior diferença em nove anos.

Dilma não convenceu os investidores de que suas decisõs de reduzir a tarifa de energia elétrica, diminuir os custos do crédito ao consumidor, limitar os reajustes dos combustíveis e aumentar a concorrência na telefonia móvel farão a maior economia da América Latina se expandir rápido o suficiente para elevar o valor das ações.

Enquanto a relação preço-lucros normalmente sobe quando o aumento da confiança do investidor impulsiona as ações, os múltiplos no Brasil aumentaram porque os lucros caíram no maior ritmo desde 2002.

As intervenções do governo “tornam nebulosas as perspectivas para setores como energia, telecomunicações e financeiro”, disse Phil Langham, que administra US$ 1,4 bilhão em ativos no RBC Emerging Markets Equity Fund de Londres e que mantém menos ações de empresas brasileiras do que as representadas no índice. “Este tem sido um governo intervencionista e isso não deve mudar”, disse ele em entrevista por telefone em 1 de novembro.

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