O aumento de capital em 350 milhões de reais anunciado pela Magnesita deve prejudicar a performance das ações da companhia, segundo analistas da corretora Ativa. A captação de recursos será feita mediante a emissão de ações ordinárias ao preço de 7,80 reais. Considerando que o preço de fechamento dos papéis da Magnesita na última sexta-feira foi de 11,49 reais por unidade, há uma tendência de queda no valor para ajustar a diferença em relação ao preço de subscrição. Por esse motivo, a Ativa retirou as ações da Magnesita de sua carteira recomendada.

A emissão de ações deve levantar recursos para saldar um montante da dívida que a companhia tem em moeda estrangeira. Na opinião dos analistas da SLW Corretora, mesmo com o desconto no preço dos papéis, a emissão deve ser positiva para otimizar os resultados da empresa nos próximos trimestres, já que o custo da pesada dívida reduziu os ganhos da empresa no segundo trimesre. Ao final de junho, a Magnesita tinha dívida líquida de 1,92 bilhões de reais. O prejuízo líquido registrado foi de 12 milhões de reais.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) registrados no fechamento do trimestre chegaram a 71,6 milhões de reais, 61% acima do obtido no trimestre anterior (44,4 milhões), mas 62,8% abaixo do observado no segundo trimestre de 2008 (192,7 milhões).

Na Bovespa, as ações ordinárias da Magnesita (MAGG3) eram negociadas, às 14h47 em baixa de 5,52%, a 10,09 reais. Nesta segunda-feira, quando o mercado já conhecia as condições do aumento de capital, os papéis já haviam fechado em baixa de 7,05%.