São Paulo – A quinta-feira (30) marca mais um pregão no qual o Ibovespa opera perto do zero. O principal índice da bolsa brasileira chegou a valorizar 0,3% na máxima do dia, aos 62.574 pontos, mas logo perdeu força e opera sem tendência definida.

A agenda doméstica pouco contribui com referências aos investidores nesta sessão. Na Europa, o Parlamento da Grécia continua debatendo a legislação para implementação do plano de austeridade do governo e adiou o início da votação sobre o assunto para as 10 horas.

Já o fôlego de alta do euro, que chegou a ser negociado acima de US$ 1,45 ante o dólar, injeta ânimo nas commodities (matérias-primas), podendo diminuir a pressão sobre as blue chips (ações de primeira linha) brasileiras.
Nos EUA, já foi anunciada uma queda menor que a esperada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, com recuo de 1 mil ante expectativa de queda de 8 mil solicitações.

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Pão de Açúcar

Os acionistas continuam atentos aos movimentos dos grupos envolvidos na eventual fusão do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) com a unidade brasileira do Carrefour. Pela manhã, o sócio francês do empresário Abílio Diniz, Casino, anunciou ter elevado sua participação total no Grupo Pão de Açúcar para 43,1%, após comprar mais de 16,1 milhões de ações preferenciais, equivalentes a 6,2% do capital.

As ações preferenciais do Pão de Açúcar operam no terreno positivo, com valorização máxima de 2,6%, vendidas a 72,88 reais.

A empresa teve sua recomendação de alocação abaixo da média de mercado (underweight) reiterada pelo JPMorgan. Segundo o banco, os recentes ganhos da ação apresentam riscos dado o “alto valuation” da companhia.

UOL

Com valorização de 77% nos últimos 12 meses, as ações preferenciais do UOL (UOLL4) avançam nesta quinta-feira. Os papéis subiam 1,5% na máxima do dia, cotados a 16,25 reais.

O desempenho positivo é motivado pela recomendação de desempenho acima da média de mercado às ações do provedor brasileiro de Internet e de tecnologia da informação pelo Credit Suisse.

Em relatório obtido pela Bloomberg, o analista Marcelo Gonçalves afirma que a empresa tem múltiplos baratos e deve se beneficiar com o rápido crescimento do setor de infraestrura de TI no Brasil

Paranapanema

Com máxima de 5,8%, as ações da Paranapanema também ganham destaque hoje. Para os analistas da corretora Socopa, Osmar Cesar Camilo e Marcelo Alves Varejão, a Paranapanema não é mais uma empresa de cunho especulativo e agora conta com bons fundamentos e um sólido balanço após a equalização das dívidas fiscais e financeiras.

A corretora iniciou a cobertura da empresa com recomendação classificada em “acima de mercado”. O preço-alvo dos papéis foi fixado em 7 reais, um potencial de valorização de 56%. Os analistas lembram quem a Paranapanema concluiu em 2008 seu “bem sucedido” processo de reestruturação financeira.

Petrobras

A Petrobras conta com múltiplos “extraordinariamente atraentes”, já que as preocupações do mercado são “exageradas”, disse hoje o Bank of America Corp.

De acordo com o analista Frank McGann, as ações preferenciais da Petrobras estão sendo negociadas com um desconto injustificado de 22% em relação a seus rivais globais, com um preço de 6,8 vezes a projeção de lucro da empresa este ano. Os papéis preferenciais da estatal subiam 1,2%, vendidos a 23,67 reais.