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Ações de bancos caem na Europa com Itália e payroll

Londres - Um aumento das preocupações com a dívida soberana da Itália e a queda nas ações dos bancos pesam sobre as bolsas europeias e sobre o euro nesta manhã. O sentimento negativo acentuou a cautela dos investidores antes da divulgação do dado de emprego (payroll) nos EUA, que está prevista para as 9h30 (de […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 09h50.

Londres - Um aumento das preocupações com a dívida soberana da Itália e a queda nas ações dos bancos pesam sobre as bolsas europeias e sobre o euro nesta manhã. O sentimento negativo acentuou a cautela dos investidores antes da divulgação do dado de emprego (payroll) nos EUA, que está prevista para as 9h30 (de Brasília).

Entre os destaques no setor bancário, o italiano UniCredit despencou mais de 6% e teve os negócios com suas ações suspensos temporariamente na Bolsa de Milão, o que derrubou os papéis de outros bancos europeus. Uma das razões para o movimento é o receio de que a Itália possa ter mais dificuldades para lidar com uma disseminação da crise da Grécia do que a Espanha.

Além disso, circulam rumores de que o ministro de Finanças da Itália, Giulio Tremonti, está perto de renunciar ao cargo. Tremonti foi criticado pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, em uma entrevista publicada hoje por um jornal local.

"A política italiana tem sido marcada por escândalos nos últimos meses e a última coisa que o país precisa agora é de uma crise política para dar aos investidores motivo para se livrar da dívida do país como foi feito com Grécia, Irlanda e Portugal", comentou Kathleen Brooks, diretora de pesquisas da Forex.com.

Enquanto isso, os investidores aguardam com cautela a divulgação do payroll nos EUA. Ontem foram divulgados dados positivos sobre o mercado de trabalho norte-americano. A previsão dos economistas para o indicador de hoje é de criação de 108 mil empregos no país em junho.

A Grécia também deverá permanecer no foco dos investidores. Espera-se que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprove hoje a próxima parcela do empréstimo emergencial oferecido ao país no ano passado, com o objetivo de impedir que a crise grega se espalhe para o restante da zona do euro.

Nesse contexto de preocupações, a moeda do bloco opera em baixa. Às 8h50 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,4248, de US$ 1,4359 no fim da tarde de ontem, enquanto o dólar subia para 81,41 ienes, de 81,24 ienes. A libra recuava para US$ 1,5952, de US$ 1,5962 ontem, pouco afetada pelo dado que mostrou alta maior do que a esperada nos preços ao produtor do Reino Unido.

Na Bolsa de Londres a reação ao dado também foi contida e o índice FT-100 avançava 0,19%, no horário citado. O avanço era limitado pelas ações dos bancos e também de mineradoras, mas a maior queda era a da BSkyB, que perdia 3,57% depois do fechamento do jornal News of The World.

Ontem Rupert Murdoch, o controlador da News Corp., à qual pertence o tabloide, anunciou o fechamento do jornal, que era o de maior circulação no Reino Unido, por causa de um escândalo provocado pelo "grampeamento" de telefones de celebridades por repórteres do jornal. A News Corp. Também é proprietária da agência Dow Jones e do Wall Street Journal e possui cerca de 39% de participação na BSkyB.

No mesmo horário, Madri caía 0,76%, Lisboa recuava 0,69%, Paris perdia 0,07% e Frankfurt subia 0,34%. As informações são da Dow Jones.

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Londres - Um aumento das preocupações com a dívida soberana da Itália e a queda nas ações dos bancos pesam sobre as bolsas europeias e sobre o euro nesta manhã. O sentimento negativo acentuou a cautela dos investidores antes da divulgação do dado de emprego (payroll) nos EUA, que está prevista para as 9h30 (de Brasília).

Entre os destaques no setor bancário, o italiano UniCredit despencou mais de 6% e teve os negócios com suas ações suspensos temporariamente na Bolsa de Milão, o que derrubou os papéis de outros bancos europeus. Uma das razões para o movimento é o receio de que a Itália possa ter mais dificuldades para lidar com uma disseminação da crise da Grécia do que a Espanha.

Além disso, circulam rumores de que o ministro de Finanças da Itália, Giulio Tremonti, está perto de renunciar ao cargo. Tremonti foi criticado pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, em uma entrevista publicada hoje por um jornal local.

"A política italiana tem sido marcada por escândalos nos últimos meses e a última coisa que o país precisa agora é de uma crise política para dar aos investidores motivo para se livrar da dívida do país como foi feito com Grécia, Irlanda e Portugal", comentou Kathleen Brooks, diretora de pesquisas da Forex.com.

Enquanto isso, os investidores aguardam com cautela a divulgação do payroll nos EUA. Ontem foram divulgados dados positivos sobre o mercado de trabalho norte-americano. A previsão dos economistas para o indicador de hoje é de criação de 108 mil empregos no país em junho.

A Grécia também deverá permanecer no foco dos investidores. Espera-se que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprove hoje a próxima parcela do empréstimo emergencial oferecido ao país no ano passado, com o objetivo de impedir que a crise grega se espalhe para o restante da zona do euro.

Nesse contexto de preocupações, a moeda do bloco opera em baixa. Às 8h50 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,4248, de US$ 1,4359 no fim da tarde de ontem, enquanto o dólar subia para 81,41 ienes, de 81,24 ienes. A libra recuava para US$ 1,5952, de US$ 1,5962 ontem, pouco afetada pelo dado que mostrou alta maior do que a esperada nos preços ao produtor do Reino Unido.

Na Bolsa de Londres a reação ao dado também foi contida e o índice FT-100 avançava 0,19%, no horário citado. O avanço era limitado pelas ações dos bancos e também de mineradoras, mas a maior queda era a da BSkyB, que perdia 3,57% depois do fechamento do jornal News of The World.

Ontem Rupert Murdoch, o controlador da News Corp., à qual pertence o tabloide, anunciou o fechamento do jornal, que era o de maior circulação no Reino Unido, por causa de um escândalo provocado pelo "grampeamento" de telefones de celebridades por repórteres do jornal. A News Corp. Também é proprietária da agência Dow Jones e do Wall Street Journal e possui cerca de 39% de participação na BSkyB.

No mesmo horário, Madri caía 0,76%, Lisboa recuava 0,69%, Paris perdia 0,07% e Frankfurt subia 0,34%. As informações são da Dow Jones.

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