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Ações da Petrobras sobem 5% na Bovespa por conflitos na Líbia

Na opinião de analista, papéis da estatal sofrerão correção após o término dos conflitos no norte da África

Preço do barril de petróleo se valoriza 4,30% em Nova York e se aproxima dos 100 dólares (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 15h57.

São Paulo – As ações ordinárias da estatal petrolífera Petrobras subiam mais de 5% na tarde desta quarta-feira (23), estimuladas pela valorização nos preços do petróleo após o aumento das tensões na Líbia. As ações ordinárias da companhia (PETR3) atingiram a máxima de 5,54%, negociadas a 33,29 reais, enquanto as preferenciais (PETR4) avançaram 3,67%, cotadas a 28,79 reais na BM&FBovespa. Após uma abertura com instabilidade, o Ibovespa, principal benchmark brasileiro, opera com queda de 0,34%, aos 66.215 pontos.

Outras produtoras de commodities também operam com alta nesta sessão. Os papéis ordinários da OGX (OGXP3), por exemplo, avançavam 0,11% às 14h48 (horário de Brasília), negociados a 18,75 reais.

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O petróleo estende hoje os ganhos pelo quinto dia consecutivo em Nova York, após o líder Muammar Qaddafi prometer lutar até “a última gota de sangue”. A Líbia extrai 1,6 milhão de barris por dia, enviando a maior parte de sua produção para a Europa. O barril do tipo WTI com vencimento em abril registrava ganho de 4,30% em Nova York, cotado a 99,52 dólares às 15 horas (horário de Brasília).

Na opinião de Nelson Rodrigues de Matos, analista do BB Investimentos, a alta nas ações da Petrobras deverá acompanhar os conflitos geopolíticos no norte da África. “Se a crise se alastrar para países com maior relevância na produção de petróleo, os papéis da estatal poderão subir ainda mais”, afirma. Segundo Matos, “caso o conflito se intensifique por lá, o temor dos investidores aumentará, o que acarretará no avanço da cotação do petróleo e, consequentemente, na alta das ações da Petrobras”.

Ajustes

O analista do BB Investimentos prevê uma correção no valor das ações da Petrobras após o término dos conflitos no norte da África. “Quando o problema terminar, certamente o petróleo irá cair e haverá correções. Mas os ajustes não serão tão grandes, já que a companhia possui fundamentos positivos e o cenário econômico no Brasil é favorável”, conclui.

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