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Ações da Oi disparam após novo plano de recuperação e balanço

Às 13:51, as ações ordinárias subiam 9,4 por cento, a 4,54 reais; enquanto as preferenciais avançavam 12,8 por cento, a 4,05 reais

Oi teve prejuízo líquido de 3,3 bilhões de reais no quarto trimestre, 30 por cento menor na comparação com igual período de 2015 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 23 de março de 2017 às 14h38.

São Paulo - As ações da operadora de telecomunicações Oi tinham forte alta na bolsa paulista nesta quinta-feira, após a empresa apresentar nova proposta para o plano de recuperação judicial e divulgar seus números do quarto trimestre do ano passado.

Às 13:51, as ações ordinárias subiam 9,4 por cento, a 4,54 reais; enquanto as preferenciais avançavam 12,8 por cento, a 4,05 reais.

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No mesmo horário, o índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, que não tem os papéis da operadora em sua composição, oscilava ao redor da estabilidade.

Na véspera, o conselho de administração do grupo de telecomunicações divulgou os novos termos para o plano de recuperação judicial, propondo aos credores redução de prazo de carência de pagamento de juros e de principal, além de emissão de bônus.

A proposta atualizada reduz os prazos de carência para pagamento de juros e do principal aos credores das chamadas classe 2, classe 3, incluindo àqueles que aderirem à conversão de créditos em ações da companhia.

Em teleconferência com analistas e investidores nesta quinta-feira, o presidente-executivo da operadora, Marco Schroeder, afirmou que a nova proposta apresentada pela Oi é "equilibrada" e deve ser submetida à justiça nos próximos dias.

Para os analistas do Credit Suisse, ainda não está claro, no entanto, a aceitação dos credores dos novos termos, "muito diferentes do original". A expectativa da empresa é que o plano seja votado pelos credores entre o fim do segundo trimestre e o início do terceiro.

"Baseado nos novos termos, nós enxergamos um valor justo implícito para as ações ordinárias variando entre 8,49 reais e 10,56 reais por ação", escreveram os analistas do Credit Suisse, liderados por Daniel Federle. Ainda assim, a equipe preferiu manter o preço-alvo dos papéis inalterado em função do risco de os credores não aceitarem a proposta e exigirem melhores termos, bem como multas da Anatel.

O Credit Suisse tem recomendação neutra para as ações da Oi, com preço-alvo de 2,20 reais.

A Oi teve prejuízo líquido de 3,3 bilhões de reais no quarto trimestre, 30 por cento menor na comparação com igual período de 2015, mas um salto de 181 por cento na base sequencial, refletindo um revés tributário e queda na receita.

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