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Ações da Azul decolam 10% após balanço e analistas projetam novas altas

Papéis ainda podem avançar até 60% com reabertura econômica e retomada de viagens

Compra de ações da Azul é vista como oportunidade por analistas | Foto: Divulgação (Reprodução/Divulgação)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 11 de novembro de 2021 às 15h45.

As ações da Azul (AZUL4) saltam em torno de 10% após a empresa superar as estimativas do mercado em balanço do terceiro trimestre de 2021. Divulgado na manhã desta quarta-feira, 11, o resultado mostrou uma receita líquida de 2,72 bilhões de reais, contra 805,3 milhões de reais do mesmo período de 2020.

A receita ficou acima do consenso de mercado da Bloomberg, de 2,49 bilhões de reais. Segundo a agência de notícias, a Azul também informou que espera uma capacidade doméstica maior em 2022 do que em 2019, antes da pandemia. Sua principal concorrente, a GOL (GOLL4), avança 6,57%.

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Ainda assim, a empresa apresentou um prejuízo de 2,24 bilhões de reais no terceiro trimestre, acima da perda de 1,2 bilhão de reais um ano antes. Segundo a Azul, o resultado foi pressionado por despesas financeiras relacionadas a juros de empréstimos e aluguéis de aeronaves.

Para os analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), no entanto, investidores não devem se preocupar. “Não achamos que os investidores devam prestar muita atenção aos resultados do terceiro trimestre, em vez disso, devem se concentrar na liquidez, gestão de passivos e uma recuperação da capacidade”, afirmam, em relatório.

Considerando estes fatores, a Azul é vista pelo BTG como uma boa oportunidade de compra, com preço-alvo de 47 reais – o que representa um potencial de valorização (upside) de 62% em relação à casa dos 29 reais em que a ação é negociada nesta quarta-feira.

“Com a aceleração da vacinação no Brasil, esperamos a retomada constante do tráfego no final do ano, impulsionada principalmente por viagens de lazer e visita a amigos e familiares”, destacam os analistas. Mesmo com as novas variantes de Covid sendo um risco a curto prazo, o relatório defende que a Azul é uma empresa interessante, uma vez que está “exposta a rápida recuperação doméstica com a reabertura econômica”.

Já o Itaú BBA manteve a classificação de desempenho da ação da Azul como “outperform”, equivalente a compra, com preço-alvo de 41 reais – um upside de 41%.

“A Azul tem uma frota diversificada e do tamanho certo que, historicamente, contribuiu para que a empresa tivesse um CASK [custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro] maior do que seus pares. Isso também tem desempenhado um papel fundamental em ajudar o empresa resistir à pandemia e restaurar sua lucratividade”, ressaltaram os analistas, em relatório

Outro diferencial apontado pelo BBA é que a Azul tem uma posição única na maioria das rotas que opera, com uma ampla rede de atuação. “Nós acreditamos que esses atributos não apenas desempenharam um papel crucial no fortalecimento da empresa contra o cenário atual de incertezas mas continuará a ser a principal vantagem competitiva da Azul em um ambiente normalizado”, concluem.

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