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Ações asiáticas devolvem ganhos por preocupações com China

Alta em taxas da China também ressaltou temores de investidores de que os reguladores no país estão dispostos a apertar a liquidez


	Bolsa de Tóquio: índice japonês Nikkei fechou em baixa de 1,95 por cento, a maior queda em três semanas, afetado pela valorização do iene em relação ao dólar
 (Yuriko Nakao/Bloomberg)

Bolsa de Tóquio: índice japonês Nikkei fechou em baixa de 1,95 por cento, a maior queda em três semanas, afetado pela valorização do iene em relação ao dólar (Yuriko Nakao/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 08h03.

Tóquio - Os mercados acionários asiáticos fecharam em queda nesta quarta-feira por temores de aperto monetário na China, que acabou levando investidores a embolsar os lucros das sessões anteriores.

O índice japonês Nikkei fechou em baixa de 1,95 por cento, a maior queda em três semanas, afetado pela valorização do iene em relação ao dólar, diante das expectativas de que o Federal Reserve vai manter o programa de estímulo monetário até o começo de 2014.

Já as ações australianas tiveram queda de 0,32 por cento depois de registrarem o maior patamar em cinco anos, pressionadas por dados de inflação mais fortes que o esperado, o que reduziu expectativas de outro corte da taxa de juros pela autoridade monetária do país.

Às 7h43 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,85 por cento, a caminho de registrar o primeiro recuo em cinco pregões, enquanto o embolso de lucros tirou as ações sul coreanas do nível mais alto em mais de 26 meses.

"Uma história de que os bancos chineses triplicaram a subscrição de dívidas no primeiro semestre deste ano parece ter levado ao embolso de lucros nos mercados asiáticos", disse o analista-chefe de mercado da CMC Markets UK, Michael Hewson.

Uma alta nas taxas de curto prazo do mercado de crédito da China também ressaltou temores de investidores de que os reguladores no país estão dispostos a apertar a liquidez para controlar as crescentes pressões inflacionárias.

A maioria dos mercados da Ásia havia subido no início do pregão, acompanhando Wall Street depois que o relatório de trabalho dos EUA reforçou expectativas de que o Fed manterá o estímulo no próximo ano.

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