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Ação da Brasil Telecom é uma das melhores do mundo, avalia Barclays

Aumento de capital anunciado pela controladora abre caminho para uma melhor governança corporativa, afirma analista

"Mesmo com os 31% de ganhos no acumulado do ano, acreditamos que o papel continua sendo o mais atraente na América Latina, e talvez no mundo”, diz analista
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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 06h12.

São Paulo – O setor de telecomunicações ganhou os holofotes no primeiro trimestre de 2011. No período, o índice que mede o desempenho do setor (ITEL) entregou ganhos de 16%, enquanto o Ibovespa ficou com apenas 1% de valorização.

As ações preferenciais da Brasil Telecom ( BRTO4 ), do grupo Oi, acumularam alta de 16% apenas em março, a maior alta do Ibovespa no período. Boa parte deste desempenho está ligada ao anúncio de aumento de capital promovido pela Tele Norte Leste Participações ( TNLP3, TNLP4 ), controladora da companhia.

“A Brasil Telecom é nossa preferida dentre as empresas de telecomunicações no Brasil. Mesmo com os 31% de ganhos no acumulado do ano, acreditamos que o papel continua sendo o mais atraente na América Latina, e talvez no mundo”, afirma o analista do Barclays Capital, Michel Morin.

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O recente aumento de capital anunciado por sua controladora, a Tele Norte Leste Participações, abre caminho para uma melhor governança corporativa, segundo o analista.

Vivo e Telesp

Em dezembro do ano passado, a Vivo ( VIVO4 ) e a Telesp ( TLPP4 ) comunicaram a aprovação da incorporação das ações da operadora móvel pela concessionária fixa, como parte do processo de reestruturação societária das empresas após a Telefônica ter adquirido o controle da Vivo em meados do ano. Espera-se agora que a operação seja concluída no primeiro semestre deste ano.

O Barclays acredita que a nova companhia formada a partir desta operação deva gerar aproximadamente 36 bilhões de reais em receitas em 2011, tornando-se a maior empresa de telecomunicações no Brasil.

Michel Morin mantém a recomendação de alocação acima da média de mercado (overweight) aos ADRs da Vivo, com preço-alvo em 43 dólares. Para Telesp, o analista elevou a recomendação para os ativos, de alocação abaixo da média de mercado (underweight) para acima da média de mercado (overweight). O preço-alvo foi elevado de 22 para 28 dólares.

TIM

A controladora Telecom Itália afirmou recentemente que não tem planos de reestruturar as ações da TIM ( TCSL3, TCSL4 ) e migrar a companhia ao Novo Mercado da BM&FBovespa, apesar das especulações do mercado. Para o Barclays, independentemente do que foi dito pela empresa, há um forte incentivo econômico para que a ida ao Novo Mercado não ocorra.

A análise está baseada no fato de que a manutenção da estrutura com duas classes de ações parece a melhor forma de maximizar a fatia de 70% da Telecom Itália na TIM, caso a italiana decida vendê-la. Sob a regra do Novo Mercado, todos os acionistas receberiam o mesmo valor ofertado ao controlador (tag-along de 100%), o que encareceria a operação.

Na estrutura atual, com duas classes de ações, isso não ocorre. As ações preferenciais não têm direitos de receber os termos da oferta, enquanto as ordinárias receberiam 80% do valor oferecido à Telecom Itália. Desta forma, o Barclays sugere que a melhor opção para um investidor hoje seria a posição nas ações ordinárias.

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